Janeiro Branco: saúde mental realmente importa? Ou é apenas um folheto entregue em suas mãos?

*Por Juliana Guedes
Natal e Ano Novo, épocas dedicadas às boas festas, mas após as festividades de dezembro, existe um mês dedicado a conscientização da saúde mental e emocional. O Janeiro Branco tem um papel fundamental que visa alentar a população sobre os cuidados com a saúde metal e emocional.

Faremos uma viagem ao longo do tempo, a fim de desmistificar, tratar neste assunto que pessoas são pessoas, não são loucas e que há fases difíceis na vida de cada um em que simplesmente podem se repetir por toda vida em suas mentes, ou traumas que podem ser incuráveis ou curáveis.

Hipócrates, pai da medicina na antiguidade, chega a conclusão que a perca da razão ou adoecimento físico era um castigo entre os deuses, eram marginalizados, sem quaisquer direitos e autonomia. Freud, médico e criador da Psicanálise também não ficou por baixo, foi um dois contribuintes entre o assunto .

O que de fato é ansiedade e depressão?

Agora iremos discutir como funciona a mente de uma pessoa que vive no século XXI. Uma pessoa ansiosa acaba muito focada em si e em controlar as situações de forma perfeita, estando fora do seu tempo. Cobranças para se formar logo na jovialidade lhes trazem falta de paz. Sentem uma certa insegurança por estarem dando tanto de si e muitas muitas vezes se isolam e se irritam se algo sai do controle. A vida de um ansioso não é fácil, mas também não digo que não é difícil controlar.

No cérebro começa uma série gigantesca de adrenalina e o corpo começa a produzir sintomas físicos de infarto, nos tratamentos são repassadas formas para tentar amenizar os sintomas físicos, mas há muito preconceito, sendo que, não devia ter. Dados atuais da Organização Mundial de Saúde (OMS), apontam que o Brasil detém o maior número de pessoas ansiosas, apresentando 9,3% da população. Isso tudo chamado de surtos, falta de controle, sendo que são momentos em que a pessoa apenas só precisa voltar para a realidade em que não está pelo excesso do que passa ou às vezes acolher com abraços ajuda muito os amigos nessas horas.

Concluímos com uma questão que assola o mundo: a depressão. Pode iniciar com algo importante que aconteceu, como divórcios, perda de pessoas queridas, perdas de emprego, pais e filhos, muitas são as questões, os gatilhos são imprescindíveis…fazer o tratamento adequado é primordial , pois duram até anos. E mesmos durante os tratamentos, os gatilhos podem aparecer pelos traumas desencadeando sentimentos de tristeza, abandono e resultando em muitos suicídios como vemos.

Uma das causas  pode ser genética e afeta o hipocampo sendo mais específica em termos cerebrais, córtex pré-frontal e por fim a amígdala. O Vírus SARS-COV-2 tem feito com que a mente das pessoas se tornasse uma caixa de surpresas sem início e nem fim. Aliado a isso está a ansiedade, apatia, desesperança, falta de apetite ou muito, repetição incessante de pensamentos , choro excessivo, gostar menos de socializar, crises de pânico , irritabilidade, podendo causar danos a si mesmo .

Sabemos que a vida não é fácil, às vezes vemos pessoas privilegias por poder fazer tratamento, mas não podemos esquecer que temos o SUS e CAPS que também que faz seu ótimo serviço. O que deixo aqui é: Não abandone, acolha, não olhe para o problema, respeite e veja como humano, não julgue como o século antigo. Estamos em uma sociedade desmistificada como falei, fazer mudanças que caminhem p isso são essenciais.

Caros leitores, todos os dados foram lidos e relidos por grandes artigos publicados, um abraço a todos que acompanham.

Juliana Guedes é servidora da Secretaria de Estado de Comunicação no município de Cruzeiro do Sul

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