Prefeitura capacita agentes comunitários no combate aos focos de dengue nos bairros da capital

Serão 480 novos profissionais levando informação e atendimento às famílias de Rio Branco

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Prefeitura quer reforçar combate à doença na capital (Foto da Asssessoria PMRB)

O aumento das chuvas e o risco de crescimento de números de casos de suspeita de dengue levaram a prefeitura a capacitar os 480 agentes comunitários de saúde com atuação nos bairros na capital para agirem de forma preventiva no combate à doença, somando-se assim aos já em atividade 120 agentes de endemias do município.

Uma reunião realizada na  tarde desta segunda-feira no auditório do Tribunal de Contas do Estado, com a presença do prefeito em exercício, Eduardo Farias, deu início ao trabalho que visa evitar o aumento no número de casos nos chamados bairros de alta incidência da doença.

Segundo Eduardo Farias, o objetivo do trabalho é potencializar as ações dos agentes comunitários nos seus bairros, pela experiência que eles têm, já que a maioria atua há mais de 10 anos no setor, orientando e educando a população sobre os riscos da doença.

Rio Branco não vive, segundo Farias, um risco de epidemia, mas a pressão nacional do Ministério da Saúde diante do aumento de casos em todos os Estados brasileiros e o fato de que houve um aumento substancial de casos da doença na Bolívia, que faz fronteira com o Acre, levaram a prefeitura a decidir pela realização do trabalho preventivo por meio dos agentes comunitários de saúde.

"Nós vivemos um momento epidemiológico delicado em todo o país. Aqui em Rio Branco, em 2007, tivemos 300 casos confirmados da doença, e em 2008 passamos para 800 casos. É um aumento significativo e precisamos tomar medidas para prevenir e evitar o avanço da doença. Por isso estamos colocando um verdadeiro exército de agentes em campo nos bairros para combater a doença", disse Farias.

Além de intensificar o trabalho com os agentes comunitários com reuniões sistemáticas de orientação sobre a doença, a prefeitura realiza nos próximos dias reunião com pastores evangélicos e líderes comunitários sobre a importância da conscientização da comunidade sobre os riscos da doença.

"Se tivermos os agentes comunitários em campo, os agentes de endemias, os líderes comunitários e os pastores evangélicos orientando a comunidade sobre os riscos da doença, além das ações de endemia e combate à doença clássicos, como limpeza de áreas, destruição de criadouros e uso do carro com produto químico para matar o mosquito, temos chances reais de reduzir o número de casos e voltarmos a números mais aceitáveis anuais", disse Farias. A meta da prefeitura é fechar o ano de 2009 com uma média de 200 casos confirmados da doença – número, segundo ele, considerado aceitável para uma cidade do porte de Rio Branco.

O responsável pelo departamento de vigilância epidemiológica do município, Jeosafá César, informa que somente na primeira semana de janeiro foram notificados 230 casos suspeitos de dengue na capital. Desse total, em média, 30% dos casos são positivos. Segundo ele, os casos aumentam nesta época do ano por causa do período chuvoso.

"Se somarmos essas ações de educação ao fato de que estamos com os centros de saúde Barral y Barral e Cláudia Vitorino funcionando até as 23 horas, inclusive com apoio laboratorial e o trabalho de capacitação dos médicos que atuam no município para o controle da dengue, temos chances reais de reverter o quadro de risco", disse César.

De acordo com Jeosafá César, os agentes comunitários vão atuar prioritariamente, nessa primeira fase, nas regiões de maior risco, os chamados bairros prioritários, como Distrito Industrial, Tucumã, Mocinha Magalhães, Bosque, Floresta, Baixada do Sol, Ayrton Senna, Taquari, Cidade Nova e Seis de Agosto.

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