Políticas objetivas elevaram a cobertura vacinal a 97% do rebanho, mantendo o status de zona livre da doença
Em 1999, o Governo da Frente Popular implantou no Acre o ousado programa que fez elevar de pouco mais de 56% de cobertura vacinal para imunização de 97% do rebanho bovino estabeleceu uma política objetiva para erradicação da febre aftosa. A somatória de todos os fatores, o trabalho desencadeado pelo Instituto de Defesa Agroflorestal (Idaf) levou o Acre à condição de zona livre de aftosa com vacinação, status reconhecido internacionalmente e que poucos Estados brasileiros possuem.
"O último caso foi registrado em 1999. É uma marca fantástica: dez anos sem aftosa", comemora Paulo Vianna, diretor-presidente do Idaf e um dos responsáveis pelo feito. O Idaf montou uma estrutura capaz de levar assistência técnica e sanitária às comunidades mais distantes, estando presente na grande maioria dos municípios.
O cadastro das propriedades na fronteira com a Bolívia e Peru possibilitam informações precisas sobre a situação de cada imóvel numa região de vulnerabilidade. Em maio de 2009 devem ser divulgados os resultados do 3º monitoramento de eficiência da vacina, que avalia a imunização e se os efeitos são plenos. Em 2006, o 2º monitoramento mostrou eficiência de 95%.
A febre aftosa é uma doença viral altamente contagiosa provocada por vírus da família Picornaviridae, gênero Aphthovirus. A aftosa é uma das enfermidades animais mais contagiosas e causa importantes perdas econômicas. A mortalidade é baixa em animais adultos, mas nos jovens provoca miocardites que levam à morte. Atinge animais bovinos, ovinos, caprinos, porcos e todos ruminantes selvagens.
O Estado possui cerca de 2,8 milhões de bovinos. Em 2003, o Acre foi reconhecido como zona livre de aftosa com vacinação pelo Instituto Internacional de Epizootias. O certificado foi recebido na França por uma comitiva de autoridades e produtores.