“Muitas pessoas dizem que nossa geração é uma geração perdida. Esta é uma oportunidade de mostramos nossa força e capacidade no meio político, respondendo perguntas que não cabem apenas aos adultos”. As palavras da estudante Bruna Chaves, de 18 anos, definem o Encontro dos Núcleos de Cidadania de Adolescentes (NUCAs), realizado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), ao longo de toda quarta-feira, 20, no Horto Florestal.
Na ocasião, equipe da Secretaria de Estado da Mulher (Semulher) realizou um workshop sobre mudanças climáticas, gênero, raça e etnia.
O objetivo do evento era fortalecer as ações sobre a temática Mudanças Climáticas, que está em consonância com o tema “Promover a mitigação dos riscos e impactos das mudanças climáticas sobre as crianças e adolescentes”, conforme o Guia de Participação Cidadã, bem como o Plano de Participação Cidadã de Adolescentes (PPCA). Além disso, a ação integra a agenda do Selo UNICEF.
A chefe da Divisão de Diversidade Étnico-Racial da Semulher, Silvania Oliveira, reforçou a importância em ter conversas e discussões semelhantes junto a adolescentes e crianças.
“Temos de pensar que as minorias são as que mais sofrem impactos com as mudanças climáticas, as que menos recebem investimentos na execução das políticas públicas. Quando falamos em gênero, temos de pensar que muitas mulheres, infelizmente, deixaram de estudar cedo, começam a trabalhar, se tornam arrimo de família e são as mais vulneráveis”, explicou.
De acordo com o mobilizador estadual do Selo UNICEF, Joanderson Silveira, o encontro é baseado na COP 24. “E nossa temática é justamente as mudanças climáticas e a relação delas com as diversas questões, desde alimentação à questão de gênero e raça. A nossa ideia é formar cidadãos, já que é mais fácil educarmos agora que remediarmos no futuro”, finalizou.