Cruzeiro do Sul é um dos melhores lugares para se viver. Dito isso, volto aos artigos para falar (escrever) sobre uma linda festa que movimenta essa cidade desde a semana passada: a Expoacre Juruá.
É bonito demais ver a cidade movimentada, cheia de gente de outras cidades e não só de Rio Branco, ou da capital, como se diz por aqui, com hotéis e restaurantes lotados e a feira à noite naquele frevo gostoso de gente indo e vindo.
Uma feira cheia de gente comprando e conhecendo os stands, mas que se precisar, além de negócios, shows e comida boa, tem atendimento de saúde de alta qualidade (fui atendida e posso provar, thanks, Pedro Pascoal e equipe plantonista), policiamento de alto padrão (não, não experimentei e nem quero, tô fora Coronel Gaia), além de trânsito organizado pelo Detran que é de excelência (valeu, Taynara, por evitar os congestionamentos).
Enquanto escrevo esse texto, aqui da mesa da sorveteria na Praça Orleir Cameli, lembro da viagem de vinda de Rio Branco pra cá com uma BR-364 em melhores condições que há um mês e do nosso primeiro dia aqui, quando o Antônio, que nos ajuda dirigindo o carro, evitou a primeira ladeira porque ela era muito “alta” pra descer.
Lembro do dono do hotel onde estou hospedada que nos disse: se tivéssemos mais uma feira dessas e um novenário por ano seria bom demais para os negócios. De preferência com estrada recuperadora, claro.
Da moça da outlet do centro que fechou às três da tarde da quarta-feira feira para renovar o estoque, tamanha foram a vendas; dos salões lotado no final da tarde, afinal todo mundo tem que tá bonito(a) à noite na arena; e dos restaurantes funcionando em força máxima todo dia para atender aos turistas que trazem alegria e dinheiro para a economia local.
É essa Cruzeiro do Sul de infinitas ladeiras, de pássaros livres, onde o Moa beija o Juruá, que desperta paixões e encantamentos nesse Vale cheio de amores. E onde a Expoacre Juruá se consolida como um dos principais eventos de bons negócios do Estado.
Aqui na pracinha, ouvi uma moça animada com suas fotos do passeio no Croa. O motivo da animação? A turma do REM passou por lá um tempo desses e ensinou os meninos da região a fazerem boas fotos pelo celular.
Cobram R$ 5 por turista para fazer fotos nas famosas paisagens, incluindo na Samaúma. Todas de boa qualidade, inclusive panorâmicas. E ela, a moça, estava toda feliz porque o menino que a atendeu já tinha “ganhado” R$ 20 e faturou mais R$ 15 dela e dos dois amigos antes do meio-dia.
Da minha mesa sorri e lembrei que é por essas e muitas outras coisas que o REM ganhou o prêmio nacional de competitividade.
Voltando à feira, além de trabalharmos lá, também nos divertimos. Na quinta-feira assisti ao show do Davi Sacer e jantei na “barraca da União” do núcleo Mestre Luiz Maciel de Mâncio Lima. Lá, tomei a melhor água de coco da feira e ainda levei umas garrafas pra Nayara e Hadassa provarem. Elas amaram o mimo, claro.
No corre pra lá, cuida de lá, deu tempo de ver a coleção de camisetas da colab entre o Café Náuas e a Tapiry, duas empresas locais. E não, isso não é publi. Comprei e paguei, com gosto, minhas três novas camisetas. São lindas e com algodão de primeira. Mesmo nível da minha velha camiseta Ashaninka da Osklen que amo de paixão.
Antes de terminar esse texto que o Elenilson (sabe aquele menino lindo que tá o tempo todo nas suas redes sociais dizendo” tchê tchê tchê,chê”? Pois é, ele o editor da Agência de Notícias) vai dizer: eita como escreve!, porque ultrapassei os caracteres, te convido a conhecer Cruzeiro do Sul e a Expoacre Juruá 2024 (a 2023 termina hoje).
É bom demais!
Te garanto que não haverá arrependimento.
Agora eu vou-me, porque escrevo na véspera do Combate dos Náuas e não quero perder o melhor da festa.
Carinhos meus pra vocês tudim!!
Charlene Carvalho é jornalista, acreana do pé rachado e apaixonada pelo Juruá desde 1992, quando por aqui chegou e conheceu você-sabe-quem que se chama beija-flor de amor.
