Gestores de políticas públicas do Estado do Acre celebram, neste mês, 17 anos de criação do cargo. Criada em 2006, por meio da Secretaria de Estado de Administração (Sead), com a lei 1.704, a carreira permitiu à gestão ter profissionais qualificados para auxiliar nas funções da administração pública, permitindo ao servidor transitar em diversas áreas do conhecimento.
É o caso de Maria Jeigiane Portela. Com formação em Economia e mestrado em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente, a servidora iniciou sua carreira na Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), passou pela Fundação de Cultura Elias Mansour (FEM) e atualmente está lotada na Secretaria de Planejamento (Seplan).
O secretário de Administração, Paulo Roberto Correia, reconhece a relevância do trabalho do gestores de políticas públicas: “por se tratar de uma carreira transversal, as funções desempenhadas tratam de fortalecer a administração pública cada vez mais”, explica.
Natural de Tarauacá e filha de seringueiros, é a primeira da família a ter formação superior e hoje também comemora 17 anos como gestora pública, buscando aprimoramento profissional constante. “Tive a oportunidade de fazer o MBA [Master in Business Administration] em Grandes Projetos, pela Fundação Getúlio Vargas, além de vários outros cursos e formações que o Estado tem nos proporcionado”.
Já Katia Maria Oliveira, que está há 16 anos na carreira, exerce atividades na Segurança Pública. Formada em Direito, em Letras e com duas especializações em Gestão Pública, a servidora se diz feliz pelos caminhos que já percorreu: “Sou muito grata à carreira, porque me proporcionou conhecimento e experiências”.
Seus primeiros anos de atuação foram na Secretaria de Segurança, posteriormente na Polícia Civil, assumindo a chefia de Controle Interno até 2014, passando para a área de Contratos, quando recebeu convite para assumir a Divisão de Compras, Contratos, e Licitações, onde se mantém até agora.
Valorização
Em 2010, por meio da lei nº 2.266, a carreira ganhou uma nova valorização do Estado: o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), que estabelece novas estruturas de carreiras, tabelas de vencimentos, critérios de promoção e prêmio de valorização para os servidores ocupantes do cargo de gestor de políticas públicas.
O economista Gerliano Nunes comemora sempre as novas conquistas e está sempre em busca de mais valorização da carreira. Além de gestor público, também é representante dos gestores do Acre, por meio do Sindicato dos Gestores e Técnicos em Gestão Pública (Sintegesp).
Como servidor, tem 17 anos de atuação na Sefaz, na Divisão de Conhecimentos e Estudos, com análises econômicas e estatísticas na área de tributação. “A carreira proporciona muitos conhecimentos dentro da área de gestão pública e, apesar de estar na Sefaz, acaba-se conhecendo um pouquinho de outras áreas, como saúde, segurança pública, educação”, explica.
Carreira Típica de Estado
Mais uma recente valorização do gestor público tornou-se possível por intermédio da lei nº 3.920, de 1º de abril de 2022, que cria a carreira típica de Estado da gestão governamental e altera a lei nº 2.266, de 31 de março de 2010, que estabelecia nova estrutura de carreira, ou seja, uma carreira com funções de Estado exclusivas para gestores públicos.
“A carreira de gestor vem ocupando seu espaço, é uma carreira governamental, para continuar garantindo os serviços públicos no Estado, trabalhando na questão de implementação de políticas públicas, execução, planejamento e monitoramento”, esclarece Carlos Vale, também gestor de políticas públicas.
Carlos Vale, de Sena Madureira, iniciou-se no serviço público na Segurança, como policial militar; em seguida, passou para a gestão na Secretaria de Políticas para as Mulheres. Atualmente está no Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), onde percorreu os setores de Patrimônio, Controle Interno e agora é chefe do Departamento de Transportes.
Vale explica que precisou se capacitar em diversas áreas para poder exercer suas funções: “É uma carreira especialista e generalista, porque temos gestores formados em várias áreas de atuação, temos essa mobilidade de deslocamento entre os órgãos do Estado, na administração direta e indireta”.