Governo do Estado avalia plantio de café e viabilidade econômica do cacau nativo na aldeia Twatwa

Os técnicos da Secretaria de Agricultura (Seagri), José Paulo dos Santos e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Paulo Roberto Lima, foram até a Aldeia Twatwa, no alto rio Iaco, para realizar um dia de campo.

Na oportunidade,  eles fizeram um inventário do cacau nativo para verificar a viabilidade econômica e também puderam verificar o plantio de café da aldeia, que atualmente possui um hectare de cultivo ( 1.800 pés) e a meta é chegar a dois hectares. O café plantado é o clonal.

Dia de campo possibilitou verificar a viabilidade econômica da produção local. Foto: Mardilson Gomes/SEE

De acordo com José Paulo Santos, trata-se de um trabalho que envolve muitas mãos, como a Fundação Nacional do Índio (Funai) e a própria Secretaria de Educação, Cultura e Esportes (SEE), já que a implantação de mais duas hectares de café é uma extensão da oficina realizada na Aldeia Jatobá.

“Essa ação só pode ser realizada na medida em que usamos esse tempo e essa estrutura para vir aqui na aldeia fazer esse trabalho junto com o Saba (Manchineri) e dizer que a gente está aqui trazendo esperança para essas comunidades indígenas”, afirmou o técnico agrícola.

Café produzido na aldeia Manchineri Twatwa é do tipo Clonal. Foto: Mardilson Gomes/SEE

A partir do dia de campo, o cacique da aldeia Twatwa, Saba Manchineri, destacou que a esperança é melhorar a qualidade e também a quantidade da produção, buscando novos recursos técnicos e financeiros. “Inclusive, o excedente a gente quer comercializar tanto em Assis Brasil, como em Sena Madureira e quem sabe até Rio Branco”, disse.

Em relação ao café, além da produção em si, a meta, segundo ele, é criar uma marca e que o café possa sair da aldeia já beneficiado. Sobre o cacau, a visita serviu para ver a possibilidade de conseguir mudas semelhantes a que eles já têm na região.

Apoio dado pelo governo também tem como meta beneficiar outras aldeias da terra indígena Mamoadate. Foto: Mardilson Gomes/SEE

“O sistema que a gente já tem, inclusive para o plantio, não é somente para a nossa terra, para a nossa aldeia, é para a terra indígena Mamoadate. Vai envolver outras comunidades e envolver, inclusive, outro povo, que é o Jeminawa”, frisou.

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