Vila Campinas ganha casa de farinha

Iniciativa faz parte de um projeto de 102 módulos que vão gerar mais de quatro mil empregos no Estado

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Casa de farinha com capacidade para produzir sete toneladas do produto é resultado de esforço entre Governo e senador Tião Viana. (Foto Angela Peres / Secom)

A inauguração na tarde desta quinta-feira, 27, de uma casa de farinha no ramal das Chácaras, em Vila Campinas, distrito do município de Plácido de Castro, marcou também o início de implantação de um projeto que deverá permitir a criação, até o fim do ano que vem, de pelo menos 4 mil empregos na zona rural de todo o Estado.

É que a produção de uma casa de farinha igual à que foi inaugurada, com capacidade de até sete toneladas do produto por mês, gera empregos, em três turnos, para até 40 pessoas, envolvendo mão-de-obra entre quatro a dez famílias de produtores. A inauguração em Vila Campinas atendeu uma reivindicação da comunidade local feita desde 2005. O Acre é o Estado brasileiro com maior tradição na farinha de mandioca.

Outras três casas serão inauguradas em Plácido de Castro e mais 17 serão erguidas em outras localidades do Estado até o fim deste ano, garantiu ontem, em Campinas, o secretário Nilton Cosson, da Secretaria de Apoio à Produção Familiar (Seaprof). Ela é a responsável pela execução do projeto, uma iniciativa do gabinete do senador Tião Viana (PT-AC), em parceria com o governo do Estado, a Fundação Banco do Brasil, a Fetacre (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado do Acre), Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena e Média Empresa), prefeituras municipais e Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agroepcuária).

O projeto foi implementado inicialmente na região de Sena Madureira, onde foram inauguradas seis casas de farinha. Hoje, o produto do Purus rivaliza em qualidade com a farinha de mandioca produzida no Vale do Juruá, principalmente em Cruzeiro do Sul, que reivindica o título de produtor da melhor farinha de mandioca do Brasil.

O Banco do Brasil participa do projeto financiando a implantação das casas através de Fundação com recursos da carteira de Desenvolvimento Regional Sustentável (DRS), que financia em todo o país ações capazes de gerar emprego e renda através de projetos ambientalmente sustentáveis. De acordo com o superintendente do Banco do Brasil no Acre, Edvaldo Souza, o DRS financia em todo o país cerca de 7 milhões de famílias, sendo que no Estado o total é de pelo menos mil famílias.

Para o projeto "102 Casas de Farinha", o valor do financiamento é da ordem de 2,4 milhões. "O Banco do Brasil, por meio do gabinete do senador Tião Viana, foi provocado a apoiar a produção de farinha no Acre. Abraçamos esse projeto e aqui em Vila Campinas, onde estamos entregando a primeira casa, a população não está vendo apenas a concretização de um sonho. Aqui está a demonstração de que esta é uma iniciativa que vai dar certo porque tem o apoio da comunidade", disse o superintendente.

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Além de Nilton Cosson e de Edvaldo Souza, estiveram em Vila Campinas todos os representantes dos órgãos apoiadores do projeto, como o senador Tião Viana, que elogiou a postura do governador Binho Marques na execução do projeto. "O governador não pôde vir aqui, mas mandou dois de seus secretários ligados à área de produção", disse Tião Viana referindo-se ainda ao secretário de Produção e Pecuária, Mauro Ribeiro. "Isso é uma demonstração de que o governador é também uma pessoa apaixonada pela produção de resultados. São projetos que resultam em dignidade e cidadania para os pequenos e mais pobres", acrescentou Tião Viana.

O agradecimento da população de Vila Campinas pela implantação do projeto veio através do produtor rural Francisco Nascimento, de 64 anos. "O que estamos vendo aqui é resultado de reivindicação, mas também da dedicação de muitas pessoas tanto do governo do Estado como do federal. Por isso, o nosso agradecimento", disse.

A professora Ângela Maia Soares, uma das lideranças da comunidade, revelou que, quando do anúncio da implantação da casa, investimentos da ordem de R$ 25 por unidade, muitas pessoas da localidade chegaram a duvidar do projeto. "Muitos diziam que isso não daria certo porque era coisa da política", revelou. "Hoje, eu posso dizer qué é política sim, mas política da solidariedade, da cidadania e do respeito pelo ser humano. Enfim, a política da responsabilidade, a boa política", disse.

O prefeito reeleito de Plácido de castro, Paulinho Almeida, também reconheceu o esforço do Governo do Estado e do senador Tião Viana na materialização do sonho da comunidade. "O pessoal aqui sempre produziu farinha de forma artesanal, como era possível, em casinhas acanhadas e cobertas de palha. Agora, temos um local digno e, a partir daqui, temos consciência de que as outras três casas prometidas, estão garantidas", disse o prefeito.

O deputado federal Fernando Melo (PT-AC), um dos entusiastas da mandiocultura no Estado, felicitou o governador Binho Marques, o senador Tião Viana e todos os órgãos parceiros pela iniciativa. "Isso aqui é importante porque é o início de uma cadeia que já tem a garantia de compra pelo setor privado de toda a produção. Isso é muito animador", disse o deputado.

* Tião Maia, assessor do senador Tião Viana (PT/AC)

 

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