O Brasil tem experimentado, nos últimos anos, um aumento do fluxo migratório ao território nacional, enfrentando grandes desafios na oferta de políticas públicas qualificadas a essa população.
Com o intuito de garantir que os direitos humanitários sejam assegurados, o governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), participou nesta quarta-feira, 5, em Assis Brasil, de reunião com a equipe interministerial do governo federal que veio conhecer a situação migratória na fronteira do estado.
Participaram da visita 21 representantes dos ministérios da Defesa, dos Direitos Humanos, da Saúde, da Justiça e das Relações Exteriores, também da Secretaria Nacional da Assistência Social (Snas), da Força Nacional e da Casa Civil da Presidência da República, bem como membros da Organização das Nações Unidas (ONU), da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), além do Exército Brasileiro, Polícia Federal e Ministério Público do Acre.
Na reunião, realizada na prefeitura, o prefeito Jerry Correia relatou toda a situação vivida pela gestão desde 2010, além de apontar as necessidades do município com a crise política que o Peru vive atualmente, com a possibilidade de uma nova onda migratória.
“Precisamos de uma casa de passagem que comporte um número maior de migrantes, com atendimento qualificado e a necessidade de combate aos coiotes, esses criminosos que enganam tantos migrantes a cada dia”, destacou Correia.
A assessora do Ministério da Saúde, Micheline Campos da Luz, explicou que o objetivo da visita é conhecer as dificuldades nos serviços oferecidos aos migrantes: “Cada representante, dentro de sua competência, está conhecendo a realidade desse fluxo de refugiados, e estamos entendendo como se dão os atendimentos. Pretendemos contribuir com a resolução dos problemas”.
Os representantes dos ministérios conheceram o abrigo de Assis Brasil e continuam sua agenda nesta quinta-feira, 6, em Brasileia.
“Estamos gratos por essa visita ministerial e esperamos que, por meio de um planejamento conjunto, tenhamos a possibilidade de desenhar um fluxo ideal, que garanta atendimento humanizado para a população que chega ao nosso estado”, apontou o secretário de Saúde, Pedro Pascoal.