Unidade foi construída no Parque Industrial. BMG Lux está sendo aperfeiçoado no Acre para levar energia elétrica às comunidades isoladas
Está prevista para o próximo dia 11 de dezembro a inauguração da Energer Energias Renováveis Ltda, fábrica que produzirá mensalmente 50 unidades do Bio Micro Gerador – BMG Lux , o fogão que ao mesmo tempo cozinha e produz eletricidade suficiente para acender quatro lâmpadas e funcionar aparelhos de TV ou de som. A fábrica estará instalada no Parque Industrial de Rio Branco, na BR 364 (sentido Porto Velho) e trabalhará no sistema modular, o que permite responder a qualquer demanda.
A fábrica está sendo implantada após um ano de experiências com o BMG Lux. O Governo do Acre apoiou a distribuição de 27 unidades em seringais da Reserva Extrativista Chico Mendes onde, segundo Ronaldo Sato, diretor técnico da Energer, percebeu-se índice de satisfação de 75% com o desempenho do fogão. "É um resultado fantástico", comemora Sato. A experiência possibilitou inclusive a redução de pelo menos vinte quilos no peso total do fogão, que na versão que chegou às famílias da Resex pesava mais de 80 quilos.
O diretor técnico da Energer estima que o grupo empresarial que comanda a empresa já investiu R$3,5 milhões na indústria. O BMG Lux aproveita o calor para gerar energia. Atende principalmente às comunidades isoladas. Uma casa pode ser abastecida durante cinco horas com energia elétrica a partir do abastecimento das baterias.
O BMG Lux, conforme descreve Sato, é um fogão de fácil manejo, que pode ser operado por donas de casa e que trabalha com o vapor e não com caldeira, o que afasta o risco de acidentes. O fogão retém a fuligem, que se inalada por um longo período provoca doenças pulmonares, as quais, segundo a Organização Mundial de Saúde, ocupam a oitava colocação em causas de morte no mundo.
O fogão está em exposição na Feira do Empreendedor do Piauí, organizada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e já passou por vários testes para ser incluído no Programa Luz Para Todos como política de inclusão energética de famílias que vivem em povoados remotos.