Primeiro Seminário Internacional de Saúde Indígena terá como tema ancestralidade e SUS

Por Carina Menezes

O objetivo do seminário é discutir o fortalecimento das redes de Atenção à Saúde das populações indígenas e a interligação dos entes federativos

A Secretaria de Estado de Saúde do Acre (Sesacre), por meio do Núcleo de Saúde das Populações Prioritárias e Vulneráveis, realizou mais uma etapa de discussões para o I Seminário Internacional de Saúde Indígena: Ancestralidade e Sistema Único de Saúde (SUS) alinhados em práticas e saberes, com o objetivo de discutir o fortalecimento das redes de Atenção à Saúde para as populações indígenas e a interligação dos entes federativos. A reunião ocorreu nesta segunda-feira, 21, na sede da Sesacre, em Rio Branco.

Foto: Odair Leal/Secom

Segundo o técnico do Núcleo de Saúde das Populações Prioritárias e Vulneráveis e organizador do seminário, Vanderson Brito, as discussões acerca do tema visam potencializar o diálogo com os povos indígenas, gestores das políticas indígenas e do SUS.

“Desse modo, iremos facilitar a elaboração e a compreensão das políticas de saúde nos níveis municipal, estadual e nacional, buscando a interligação dos entes, como passo importante para o fortalecimento e consolidação do direito à saúde dos povos originários”, esclareceu.

Manoel Kaxinawá, líder indígena e assessor da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas do Acre (Semapi), destacou que é necessário um alinhamento entre as instituições que atuam na execução de políticas públicas voltadas às populações indígenas.

“Precisamos entender que não existe saúde indígena sem educação, da mesma forma que não existe educação sem saúde. Se entendermos isso, se cada instituição cumprir com o seu dever, poderemos melhorar a vida, a saúde e o acesso aos direitos que são garantidos”, declarou.

Para o representante indígena e membro do Conselho Estadual de Saúde do Acre, Txuã Domingos Huni Kui, a iniciativa é importante para que as instituições envolvidas possam pensar estratégias, a fim de atender as reivindicações dos povos nativos e garantir um acesso mais humanizado aos serviços de saúde.

“Cada instituição e movimento indígena precisa interagir, para que possamos evoluir nessas discussões e ações conjuntas, visando garantir um melhor atendimento de nossos parentes”, analisa.

A ação foi destinada a gestores e colaboradores da saúde e representantes indígenas, bem como às organizações e instituições que atuam na execução de políticas públicas voltadas à população indígena.

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