Mais de 95% dos industriários acreanos trabalham com prazer

Pesquisa realizada pelo SESI revela a qualidade de vida do trabalhador das indústrias locais

No que depender da força de vontade do trabalhador acreano, o setor da indústria só tende a crescer cada vez mais, contribuindo assim para o desenvolvimento do Estado. Segundo uma pesquisa realizada pelo SESI-AC, por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL), nada menos que 95,2% dos operários sentem prazer em trabalhar.

Somem-se a isso os 89,5% que conseguem se divertir quando estão trabalhando, mais os 97,4% dos trabalhadores que afirmam ter bom relacionamento com os demais colegas de trabalho, juntando ainda os 90,7% dos trabalhadores que se sentem seguros no ambiente físico da empresa e pode-se afirmar que a indústria acreana possui um quadro de funcionários altamente produtivo.

Os dados revelam ainda índices louváveis de escolaridade, com 39% dos entrevistados possuindo Ensino Básico (Fundamental completo) e, aproximadamente, 44% com Ensino Médio a Superior Completo. Somente 1,5% afirmaram ser analfabetos. Trata-se ainda de um quadro jovem, com 83,8% dos funcionários na faixa dos 18 aos 49 anos.

Pesquisa – No período de janeiro a maio deste ano, o IEL investigou a qualidade de vida do trabalhador da indústria acreana. Foram sondados 798 funcionários dos setores de eletricidade, gás e água quente; Correios e telecomunicações; minerais não-metálicos; madeireiro; alimentos e bebidas; gráfico; têxtil; construção civil; captação, purificação e distribuição de água; couro e borracha.

O resultado desta seleção contemplou os segmentos mais representativos do setor industrial do Estado – a Construção Civil, por apresentar maior expressividade em número de empregos gerados no mesmo período da pesquisa, representou 42,7% das entrevistas realizadas, seguido pelo setor Cerâmico, por também apresentar aquecimento produtivo e, por conseqüência, maior geração de trabalhadores empregados, com 10,5%.

Segundo menciona a pesquisa, a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) é o grande tema deste século. Além da satisfação no ambiente de trabalho, outros itens que fazem parte deste universo, como ambiente e dedicação ao trabalho, moradia, alimentação, saúde, meio de transporte, renda e lazer, também contribuem para a produtividade do funcionário. A seguir, o resultado. A pesquisa completa pode ser acessada no site www.fieac.org.br.

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Renda


industria_200808_5.jpgNeste perfil sócio-econômico dos trabalhadores da indústria acreana, também foi possível avaliar sua renda mensal (individual e familiar). Observou-se que 17,8% dos que possuem renda individual de dois a três salários mínimos são responsáveis pelo sustento total de sua família. Dentre aqueles que recebem de um a dois salários mínimos, 18,3% são os únicos provedores da casa. Segundo os entrevistados, 43,4% moram com até quatro pessoas e 26,3% vivem com até nove pessoas em casa.

Moradia


conjunto_edson_cadaxo_13.jpgDos 798 entrevistados, 72,2% têm residência própria. Em contrapartida, 23,7% ainda não a possuem, morando de aluguel ou em imóvel cedido. Quanto às condições de moradia, 48,5% dos trabalhadores moram em casas de alvenaria, sendo que, destas, 14,7% têm reboco e pintura e 46,6% têm piso de cerâmica. Identificou-se, ainda, 42,5% que residem em moradias de madeira (sendo 11,2% pintadas).

Em relação às condições de conforto dos trabalhadores, foram identificados os seguintes resultados: 87,8% utilizam fogão a gás, 60,9% possuem mais de três cômodos em suas residências e 72,6% possuem pelo menos um banheiro. Já na análise da infra-estrutura básica dos lares, identificou-se que enquanto 97,9% possuem energia elétrica, somente 51,3% dispõem de tratamento de esgoto ligado à rede pública e 58,4% possuem água encanada (apenas para uso geral), além de 38% se utilizarem de poços.

Alimentação


Também foram analisados os hábitos alimentares do operário acreano e o que se observa é que a maior parte, 60,7%, realiza pelo menos três refeições diárias. Destes, 64,7% se alimentam em casa, pois aproximadamente 87% dos entrevistados afirmaram que a refeição feita em casa é melhor do que no trabalho.

Quanto ao consumo de verduras nas refeições realizadas, 39,5% afirmaram ingerir diariamente algum tipo de verdura em sua alimentação. Entretanto, 50,1% afirmaram que o consumo de verdura só acontece "às vezes" em suas refeições.

Lazer


dsc_0067.jpgA maioria dos entrevistados, 62,9%, prefere aproveitar suas horas de diversão dentro da própria casa. Um número expressivo, 85%, afirma não ser associado a algum clube de lazer. Outros 17,9% aproveitam para visitar parentes.

Meio de transporte


Em relação ao meio de transporte mais utilizado para ir ao trabalho, 38% dos entrevistados (destes, a maioria é do setor da Construção Civil) utilizam a bicicleta, 18,4% andam de ônibus e 11,7% possuem carro próprio.

Saúde


dsc09781.jpgA pesquisa aponta que 61,7% dos entrevistados consideram seu estado de saúde como "bom" e 21,2% como "regular". Logo, o resultado é ainda mais favorável quando indagados se possuem alguma doença crônica, com 90,7% de respostas negativas. Dentre os que consideram seu estado de saúde "regular", a maior incidência foi identificada nos segmentos da Construção Civil, Cerâmico, Alimentício e Madeireiro.

Já o segmento da Metalurgia apresentou a maior incidência de trabalhadores que consideram seu estado de saúde como "muito bom". Outro dado relevante é que 97,3% dos trabalhadores, quando ficam doentes, utilizam o serviço público para o atendimento necessário.

Dependência química – Perguntou-se ainda sobre dependência química e alcoólica e o resultado foi que 61,8% afirmaram nunca ter fumado, contra 24,2% que admitiram o contrário (sendo que 8,3% dizem ter abandonado o vício). Quanto ao consumo de bebida alcoólica, 54,1% dizem ingerir. No entanto, 23,9% o fazem aos finais de semana e 5,6%, todos os dias.

Ambiente de trabalho


industria_200808_1.jpgApesar de 90,7% se sentirem seguros, no item "segurança do trabalhador", identificou-se que 30,5% dos entrevistados, em algum momento, já presenciaram acidentes no local de trabalho. Verificou-se ainda que 76,8% das empresas possuem Comissão Interna de Prevenção de Acidentes – Cipa – e que, entretanto, esse fator demonstrou que a existência dessa Comissão não foi suficiente para reduzir os acidentes. Aproximadamente, 32% deles ocorreram nas firmas que possuem Cipa.

Entre os principais pontos críticos existentes no local de trabalho, que, na opinião dos participantes, podem gerar um risco à saúde, listam-se poeira (36,6%), ruídos (34,3%) e temperaturas elevadas (25,1%). Contudo, 74,7% classificaram entre "muito bom" e "bom" seu ambiente físico.

Dedicação


industria_200808_4.jpgQuando indagados sobre "dedicação", 91,5% dos trabalhadores responderam que estão dispostos a fazer algum esforço extra, quando assim for exigido pela empresa. Outros 62,9% estão satisfeitos com a forma de comunicação interna sobre os acontecimentos e 74,7% dos trabalhadores vêem perspectiva de crescimento (mudança de cargo, aumento de salário) dentro da empresa em que estão atualmente.

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