Uma solenidade realizada na manhã desta quarta-feira, 8, no auditório da Faculdade Estácio/Unimeta deu início ao 1° Curso de Operações Rondas Ostensivas Tático Móvel (1º COR). Com 46 alunos aptos, entre eles integrantes da Polícia Militar do Acre (PMAC), do Amazonas (PMAM) e da Polícia Penal do Acre (PPAC), o evento é um marco para a instituição, na consolidação da doutrina do patrulhamento tático móvel.
O curso de Operações Rotam, como é conhecido por dar nome à companhia especializada nessa modalidade de policiamento no estado, possui uma carga de 954 horas-aula, e começou com mais de cem inscritos. Ao longo das fases, como testes físicos, de saúde e entrevistas, muitos foram eliminados, restando apenas 46 aptos para o início das instruções. Com a previsão de aproximadamente 60 dias de duração, o 1º COR formará profissionais habilitados para o patrulhamento tático móvel.
O comandante-geral da PMAC, coronel Paulo César Gomes, enalteceu o início das instruções e destacou os cursos operacionais (Ações Táticas e Cinotecnia) que recentemente foram ofertados pela instituição. “A especialização é de suma importância para nossa vida profissional, principalmente para nós, militares. Sabemos das dificuldades durante os cursos, mas nossa instituição tem buscado ofertar aos seus integrantes uma formação continuada”, disse o coronel.
O titular da Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), coronel Paulo Cézar Rocha dos Santos, destacou a importância das instruções para atividade policial. “O curso tem objetivo amplo, pois envolve a atuação basilar das polícias que atuam de forma ostensiva, que é o patrulhamento tático, o cerne da atividade policial”, destacou o secretário.
Com o tema “50 anos do Patrulhamento Tático no Brasil”, o capitão Hillen Diniz, que há 11 anos integra o Batalhão Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) da Polícia Militar de São Paulo (PMESP), foi o palestrante da aula inaugural. “Vamos falar e trazer um pouco aos alunos do I COR, a doutrina da Rota, que foi consolidada ao longo dos seus 50 anos de história”, disse o oficial, que possui cursos operacionais na área de patrulhamento tático.
Para o primeiro-tenente Carlos Viga, da PMAC, um dos 46 alunos em busca do almejado brevê de Rotam, a formação é de suma importância para o policial. “É um curso fundamental para nós [profissionais da segurança pública]. Que possamos, ao término, seguir e aplicar as doutrinas de Rotam durante o desempenho da atividade policial”, disse o oficial.
Estiveram presentes à solenidade, o subcomandante geral da PMAC, coronel Luciano Dias Fonseca; o chefe da Casa Militar, coronel Amarildo Martins; o diretor do Instituto Socioeducativo (ISE), coronel Mário César Freitas; o diretor de ensino da PMAC, coronel Emílio Virgílio; e o tenente-coronel Flávio Inácio, comandante do Bope; além dos comandantes das unidades operacionais e especializadas da corporação.
Marco histórico
Em 14 de setembro, a Companhia de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) da PMAC completará seu 3º ano de fundação e, no dia 7, a companhia ganhou mais um marco histórico, com a publicação da portaria 1.677, que institui a doutrina operacional da Rotam da corporação, e busca regulamentar as atividades, além de estabelecer padrões operacionais, que visam maior coesão e fortalecimento das ações de Rotam em todo o estado.
Para o primeiro-tenente Pedro Castro, coordenador do 1º COR e comandante da Rotam, a doutrina é um momento único na história da unidade, pois regulamenta as ações que são desenvolvidas pelos militares. “A doutrina tem a finalidade de ser o marco regulatório das nossas ações, além de ser um marco jurídico e legal das ações e procedimentos da Rotam, que regulam, no seio da tropa especializada, as condutas de ações de patrulha e procedimentos do patrulhamento tático”, disse o oficial, que é formado no 1º Curso de Força Tática do Estado do Acre.