A equipe do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), que opera o helicóptero Harpia 03, está desempenhando missões de remoção aeromédica na Região do Vale do Juruá desde o dia 10 de agosto, com base em Cruzeiro do Sul, atuando principalmente em demandas de urgência no translado para fins de salvar vidas, devidamente acompanhadas por equipes de saúde.
Nos últimos dias, a equipe que é composta pelos pilotos Cel-BM Sérgio da Silva Albuquerque, o agente de Polícia Cívil (APC) Alexandre Carlos Magalhães Vasconcelos e o tripulante operacional SGT-BM João Paulo Campos realizaram remoções em caráter de urgência médica nos municípios de Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Jordão.
Em Porto Walter, no dia 2 de setembro, no Seringal Aracati, foi feita a remoção de uma mulher no quinto mês de gestação do décimo segundo filho, com uma gravidez de risco. Ela levou consigo o décimo primeiro filho nos braços, uma bebê de sete meses, em estado grave de infecção, desnutrição e desidratação aguda.
Para chegar à localidade de difícil acesso, sem coordenadas geográficas, a tripulação foi guiada pelo marido da paciente, que foi fazendo o reconhecimento das área para poder encontrar o local, assegurar agilidade no translado, para que mãe e filha tivessem a devida assistência no hospital de Cruzeiro do Sul.
De Marechal Thaumaturgo, o helicóptero assegurou também, no dia 2 de setembro, o transporte do senhor Adalberto Rodrigues Gomes, 55, gravemente ferido na fíbula (osso longo da perna) e no tornozelo, que necessitava de urgência para chegar ao Hospital do Juruá e se submeter à procedimento cirúrgico.
Nesse período de seca dos rios, o isolamento nesses municípios tende a se tornar uma questão grave, pois impossibilita a navegação. Além disso, as pistas de pouso de Thaumaturgo e Porto Walter encontram-se em reforma impossibilitando pousos e decolagens de aviões.
O piloto Alexandre Vasconcelos destaca o quão compensador é utilizar uma ferramenta de transporte tão ágil, à serviço de pessoas carentes, isoladas e expostas a situações de riscos, que depositam todas as esperanças no deslocamento.
“Um transporte que pode levar horas de barco, ocorrer em alguns minutos, para uma pessoa em estado grave é realmente determinante. A forma como nos recebem, o brilho de esperança no olhar, já compensa a complexidade de qualquer missão”, reconheceu o piloto Alexandre.