No presídio feminino, autoridades destacam a importância do combate à violência contra a mulher

Durante solenidade alusiva ao Agosto Lilás, realizada na segunda-feira, 23, no presídio feminino de Rio Branco, autoridades estaduais ressaltaram a importância de se combater a violência doméstica contra a mulher. Na ocasião, as detentas assistiram a uma palestra sobre a dependência emocional.

Autoridades falaram sobre a conscientização sobre a violência contra a mulher. Foto: Iapen/AC

Com base na Constituição Federal, o presidente do Iapen, Arlenilson Cunha, afirmou que, quando se distancia da dignidade da pessoa humana, é preciso olhar para o que a Carta estabelece e garantir que direitos sejam acessados. “Quanto a vocês, mulheres, há momentos em que não dá para se calar, há momentos em que têm que se impor, e se impor de forma inteligente”, disse ao se dirigir às detentas.

Cunha ainda destacou que é preciso promover a consciência e que a educação é um meio eficiente. “Nós vamos fortalecer a educação nos presídios. É necessário lançar a semente. Até o último dia em que eu estiver aqui, vou continuar lançando a semente”, afirmou.

A diretora de Políticas Públicas para Mulheres da Secretaria de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e Políticas para as Mulheres, Isnailda Gondim, falou sobre a violência psicológica e sobre a oportunidade de conseguir sair desse ciclo. “Quando estamos nessa situação, recebemos uma dose diária, uma cápsula que vai destruindo o nosso poder de discernimento. Mas ainda há uma esperança, ainda há uma chance de recomeçar”, disse.

A juíza de direito da Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas, Andréa Brito, destacou que o enfrentamento às desigualdades é uma luta nacional e mundial e que a mulher precisa de capacitação e emprego.

O secretário adjunto de Educação e Cultura, Moisés Diniz, que também fazia uma visita de avaliação dos ambientes educacionais nos presídios, aproveitou o momento para falar que a educação é uma porta iluminada e uma janela aberta para o futuro. “Nós sabemos o que vocês passam no dia a dia. Condenar é muito fácil. O que nós precisamos é que essas pessoas se ressocializem. E elas só vão se ressocializar se tiverem o trabalho e a educação”, enfatizou.

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