Acre se mantém em Bandeira Amarela na classificação de Covid-19, mas indicadores preocupam

A 22ª coletiva de imprensa do Comitê de Acompanhamento Especial da Covid-19 realizada na manhã desta quarta-feira, 26, para anúncio da nova classificação de risco perante a doença manteve todo o Acre em Nível de Atenção (Bandeira Amarela). O período avaliado foi de 9 a 22 de maio.

Coletiva anuncia que Acre se mantém em Bandeira Amarela na classificação de Covid-19 Foto: José Caminha/Secom.

Numa avaliação geral, não houve grandes mudanças nos indicadores do Pacto Acre Sem Covid, com pequenas reduções em internações e óbitos pela doença, ainda que as notificações de síndrome gripal e casos confirmados por Covid-19 tenham aumentado ligeiramente na regional do Baixo Acre e Purus, a mais populosa do estado, o que eleva o receio por uma terceira onda.

Segundo a coordenadora do Pacto, Karolina Sabino, as reduções de notificações e internações estabilizaram em uma marca elevada Foto: José Caminha/Secom.

Segundo a coordenadora do Pacto, Karolina Sabino, as reduções de notificações e internações estabilizaram em uma marca elevada se comparada ao avanço da Covid-19 em 2020.

“O estado como um todo registra uma redução das notificações. Mas no pico dessa segunda onda tivemos mais de sete mil notificações por síndrome gripal numa semana, e agora esse número está estagnado em três mil notificações por semana, o que ainda é preocupante, pois é um número muito elevado. Se não mantivermos os cuidados das medidas sanitárias, numa possível nova onda tudo pode se tornar mais difícil nos próximos meses”, destacou a coordenadora.

Secretário de Saúde, Alysson Bestene, destacou que não é hora de reduzir os cuidados básicos Foto: José Caminha/Secom.

O secretário de Saúde, Alysson Bestene, destacou que não é hora de reduzir os cuidados básicos e reforça que a população tem que fazer sua parte para o controle da doença.

“Uso das máscaras, limpeza das mãos e o distanciamento social são as medidas básicas para conseguirmos preservar vidas no estado do Acre. Continuamos vivendo a pandemia, há novas cepas do vírus, estamos no Nível de Atenção e não podemos parar em nenhum momento”, conta o secretário.

O diretor do hospital de campanha no Into, Osvaldo Leal, reforçou a preocupação por um repique da doença destacando que, na unidade, a queda de internações registrada nas última semanas parou e que os atendimentos médicos chegam a 100 por dia, um número que embora distante do auge da segunda onda (que chegou a mais de 300 atendimentos diários), ainda é considerado bastante alto.

Funcionamento de atividades

Com a Bandeira Amarela, todos os setores comerciais, sociais e religiosos podem atender com a capacidade ampliada para 50%, seguindo ainda todas as medidas sanitárias vigentes de acordo com a Resolução Nº 18, do governo do Estado.

Com a Bandeira Amarela, todos os setores comerciais, sociais e religiosos podem atender com a capacidade ampliada para 50% Foto: Marcos Vicentti/Secom.

Estão permitidas de retomar também competições de futebol profissional, amistosos e treinamentos no âmbito das entidades vinculadas à Federação de Futebol do Acre; além de escolinhas de futebol para o público infantil e atividades do atletismo. Teatros, cinemas e apresentações culturais também poderão retomar com os devidos cuidados.

Eventos corporativos, acadêmicos, técnicos e científicos, bem como eventos comemorativos e sociais, tais como casamentos, aniversários e outros tipos de confraternizações realizados em igrejas, cerimoniais, restaurantes e buffets podem retomar com capacidade limitada a 50% dos espaços.

O Pacto

O Pacto Acre Sem Covid é uma ferramenta destinada a viabilizar a harmonia entre o desenvolvimento econômico, o direito de proteção à saúde e os valores sociais do trabalho, tendo por finalidade precípua a efetiva proteção do direito à vida.

Este instrumento assegura a retomada gradual e responsável das atividades econômicas e comerciais no âmbito estadual, por meio de mecanismos impulsionados pela atuação conjunta da sociedade, do setor econômico e do poder público, tendo como referência, diretrizes e decisões baseadas em dados oficiais e evidências científicas.

Os níveis de classificação de risco foram divididos em Vermelho, Laranja, Amarelo e Verde, respectivamente do mais restritivo para o mais flexível. A cada 14 dias é realizada uma nova avaliação dos indicadores, cabendo às prefeituras realizar a autorização das atividades permitidas no respectivo nível de risco apurado por meio de decreto municipal, bem como a instituição de protocolos sanitários a serem seguidos pelos setores da economia que estejam autorizados a funcionar. Um trabalho que envolve Estado, prefeituras, entidades e conta com o apoio de toda a comunidade.

Para mais informações de protocolos, acesse: http://covid19.ac.gov.br/pacto

 

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