Quando a sirene é ligada, todos já sabem que alguém está em perigo precisando de atendimento médico urgente. No trânsito, as ambulâncias do Serviço Móvel de Urgência (Samu) correm contra o tempo para salvar vidas. E essa missão é feita ainda nos bastidores, com uma equipe engajada e experiente que conduz o atendimento desde o tocar do telefone até a chegada do paciente ao hospital.
Com uma marca superior a 3,5 mil ligações atendidas mensalmente, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) se consolidou no estado do Acre. O órgão, que integra a estrutura da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), recebeu 32.078 chamadas de janeiro a agosto, e completa, nesta segunda-feira, dia 31 de agosto, 16 anos de atuação no estado.
Em homenagem à data, foi oferecido um café da manhã na Base Estadual do Samu, com a presença do governador Gladson Cameli em visita de agradecimento a equipe, que é coordenada pelo médico Pedro Pascoal. Cameli anunciou a chegada de 20 novas ambulâncias, sendo que dez ficará à disposição do Serviço Móvel de Urgência. Além disso, o governador também fez questão de ouvir as reivindicações dos servidores.
“Nesses 16 anos, o Samu vem exercendo um excelente trabalho na missão de salvar vidas. Se formos olhar ano a ano, é um serviço que vem melhorando cada vez mais no amparo e suporte à população. A minha função é tentar melhorar e ouvir as reivindicações dos servidores, começando pelas readequações na sede do Samu. Agora em setembro, vamos ter uma ampliação da frota, com a chegada de mais 20 ambulâncias, sendo 10 para o Samu. Além disso, até final de setembro os dois helicópteros já devem chegar para que a gente possa, na regionalização, diminuir o tempo de espera dos pacientes que precisam vir para a capital ou para outros estados. Por isso, fiz questão de estar hoje aqui, parabenizando e ouvindo esses profissionais e guerreiros da saúde, que em tempos de pandemia vem desenvolvendo um papel fundamental na assistência”, destaca o governador.
Focados em salvar vidas, as equipes lidam diariamente com ocorrências diversas, o que torna o dia a dia imprevisível. Alguns casos são mais simples, outros mais complexos. A adrenalina é constante e o objetivo exclusivo é garantir o bem-estar do cidadão acreano, como destaca o coordenador-geral do Samu.
“Trabalhamos com agilidade, sobretudo, responsabilidade, habilidade e técnica. Mais que uma missão, salvar vidas faz parte da essência do Samu. Antes liderado pela enfermeira Lúcia Carlos Paiva, que inaugurou o serviço em 2004 e fez um belíssimo trabalho, estando hoje à frente da coordenação, me sinto mais do que na obrigação de pelo menos melhorar o que aqui já foi construído. Conseguimos fazer mudanças positivas em quase um ano e meio de nova gestão, colocando mais duas ambulâncias de suporte avançado nas ruas, sendo uma delas destinada exclusivamente para atendimento de pacientes graves com Covid-19. São 16 anos de muitas histórias e dedicação, o que reflete no acolhimento e carinho que recebemos da população. Como foi anunciado pelo governador, novos investimentos foram feitos e aguardamos a chegada das viaturas e helicópteros que darão maior apoio nos atendimentos”, pontua o médico Pedro Pascoal.
Para dar esse suporte à população no atendimento de emergências médicas pré-hospitalares, o Samu conta com 30 ambulâncias, sendo três de suporte avançado em operação em todo o estado, e que possibilitou, no último ano, o atendimento de 42.491 ocorrências. Desde o início da pandemia, as chamadas no Samu tiveram um salto de mais de 60%. Em janeiro deste ano foram atendidos cerca de 3,3 mil pacientes, sendo que, em maio, o número subiu para 5,5 mil, segundo dados da coordenação do órgão.
Pascoal explica como funciona o serviço de atendimento móvel de urgência para quem está do outro lado da linha. “A chamada é atendida por um dos telefonistas, que busca ao máximo obter o maior número de informações sobre o quadro clínico do paciente e o endereço do local da ocorrência. Na sequência, o médico faz a triagem do paciente, avaliando o risco que ele corre para então definir o tipo de assistência que lhe será enviada. A responsabilidade do Samu só termina quando o paciente é acolhido pelo hospital”, enfatiza.
O Samu recebe regulação externa, com as demandas das ruas, quando internas da rede estadual de Saúde, que são as transferências inter-hospitalares. O serviço é acionado pelo número 192, que funciona 24 horas e dá acesso a uma Central de Regulação, na Coordenadoria Integrada de Operações de Segurança (Ciops). Na regional do Baixo Acre, o serviço conta com 22 médicos, 9 enfermeiros e 60 profissionais entre técnicos e condutores.