Por meio da “Operação Juruá sem Queimadas”, o governo do Acre reforçou o combate às queimadas urbanas nas cidades que fazem parte da segunda região mais populosa do estado. Com a chegada do verão amazônico, período marcado por altas temperaturas e escassez de chuvas, os focos de calor aumentam, trazendo prejuízos ao meio ambiente e à população.
Coordenada pelo Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), a ação conta com o apoio integrado do Corpo de Bombeiros, Pelotão Ambiental da Polícia Militar, Prefeitura de Cruzeiro do Sul, Ministério Público do Acre (MPAC) e Universidade Federal do Acre (Ufac).
“Em razão do aumento significativo de denúncias de queimadas urbanas, os órgãos que trabalham no combate aos crimes ambientais se organizaram e colocaram em campo, de forma ostensiva, uma ronda diária, que tem feito o combate à prática em Cruzeiro do Sul e municípios vizinhos”, explicou o chefe do Núcleo de Representação do Imac no Juruá, Levi Bezerra.
Com o auxilio de imagens de satélite, patrulhas diárias são realizadas nos municípios da região, sobretudo no período da tarde. Este ano, as atenções das autoridades estão voltadas para a pandemia do novo coronavírus. Com a piora na qualidade do ar, a situação de pessoas com a doença pode se agravar.
“Essa é uma preocupação nossa porque muitas pessoas ainda estão se recuperando da Covid-19 e muitas têm reclamado que os vizinhos têm feito queimadas e nós temos uma preocupação com a recuperação dessas pessoas, já que a vida é o nosso bem maior e estamos trabalhando para que ela seja preservada”, pontuou.
Queimadas urbanas estão proibidas. Além das notificações, quem for flagrado descumprindo a regra está sujeito a responder criminalmente pelo ato. Na região do Juruá, denúncias podem ser feitas pelos telefones 190, (68) 98419-9470 e (68) 99935-3330.
“Essa ação tem surtido efeito. Percebemos a diminuição no número de queimadas, em razão das notificações e procedimentos criminais que têm sido abertos pelo Ministério Público. Para que isso não aconteça, pedimos a conscientização das pessoas: que colaborem e evitem fazer queimadas”, argumentou Bezerra.