Governo cria grupo de trabalho com o setor produtivo para manter e gerar empregos

O decreto do governo com as medidas para combate e prevenção da pandemia da Covid-19 no Acre, publicado na última sexta, 20, naturalmente provocou apreensão no setor produtivo. O distanciamento social necessário para minimizar a transmissão do vírus mudou o cenário de funcionamento do comércio e da indústria no estado. Após a publicação do decreto, uma carta assinada por diversos órgãos ligados à produção foi encaminhada ao governador Gladson Cameli contendo reivindicações. Para atender às demandas uma reunião com representantes do setor produtivo para um ajuste de normas contidas no decreto foi realizada na Casa Civil.

No encontro da noite de segunda, 23, estavam o secretário da Casa Civil, Ribamar Trindade, a secretária de Fazenda, Semírames Dias, o secretário de Planejamento. Ricardo Brandão, juntamente com o presidente da Associação Comercial (Acisa), Celestino Bento, e o presidente da Federação das Indústrias do Acre (Fieac), José Adriano. Assim foi criado um grupo de trabalho com representantes do governo e do setor produtivo para apresentar propostas e soluções nas áreas fiscais, econômicas e tributárias.

Representantes do governo e do setor produtivo para apresentar propostas e soluções nas áreas fiscais, econômicas e tributárias Fotos: Cedidas

Algumas decisões já foram tomadas durante a reunião. A construção civil volta a operar seguindo regras de higiene, de não aglomeração e a utilização de equipamentos individuais adequados. Também será estudado um conjunto de propostas para o fomento e geração de emprego no estado. As atividades comerciais e industriais serão disciplinadas conforme um novo decreto do governo. Serviços essenciais, incluindo lavanderia, borracharia, marcenaria, mecânicas também estarão funcionando mediante normas de proteção dos funcionários para evitar o contágio e proliferação da Covid-19.

Avaliação positiva

O presidente da Acisa, Celestino Bento, afirmou estar satisfeito com os resultados da reunião.

“Saio mais aliviado. Estou vendo que a equipe do governo está comprometida e solidária com o setor privado e empenhada em buscar alternativas para garantir os empregos no Acre. Nesse momento, todos precisam de lucidez e união para podermos buscar as melhores soluções para toda a população do Acre,” disse ele.

Já o presidente da Fieac, José Adriano, explicou os motivos das preocupações do setor produtivo acreano.

“Nós temos um cuidado especial com o nosso empresariado. Estávamos preocupados com o decreto original do governo que poderia atingir todas as nossas atividades produtivas. Mas hoje estamos com o diálogo aberto com o governo. Tenho certeza que através das ações desse grupo de trabalho misto as soluções irão fluir. Vamos fazer uma parceria com o governo para que em todas as decisões sejamos ouvidos. Estamos protegendo não os empresários, mas os empregos. Então é importante deixar claro que os empresários estão preocupados com a segurança dos seus funcionários e familiares. Isso requer a maturidade de todos. Tenho certeza de que, com essa parceria, todos sairemos mais fortes,” salientou José Adriano.

Salvar vidas é a prioridade

Em todos os seus pronunciamentos, o governador Gladson Cameli tem deixado claro que o importante nessa crise do coronavírus é salvar vidas. O decreto publicado pelo governo na semana passada tinha exatamente esse objetivo. Mas Ribamar Trindade, secretário da Casa Civil, afirmou que algumas normas poderão ser ajustadas conforme as necessidades se apresentem.

“O governador Gladson Cameli está nos orientando para que medidas complementares sejam incorporadas para atender às demandas do setor produtivo e assim ninguém seja prejudicado. Mas a orientação principal do nosso governo continua a ser de salvar vidas conforme determinou o governador”, justificou Ribamar.

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