Delegação do Acre apresenta políticas de desenvolvimento com viés ambiental na COP 25

Oportunidades de negócios e articulações para investimentos marcaram a participação da comitiva do Acre na Conferência das Partes, COP 25, em Madri, Espanha. Investidores do mundo inteiro puderam conhecer e ter acesso a informações sobre a nova política do governo, pautada pelo desenvolvimento econômico com responsabilidade ambiental.

No Amazon-Madrid, promovido pelo Fórum de Governadores da Amazônia e o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal, as políticas ambientais do Acre tiveram destaque em vários painéis, que inclusive contaram com a participação do governador Gladson Cameli.

O secretário de Estado de Meio Ambiente, Israel Milani, destacou o Cadastro Ambiental Rural (CAR) como plataforma de governo e o avanço do Programa de Regularização Ambiental (PRA). “Graças aos parceiros estamos propondo modelos de recomposição de passivos ambientais com finalidade financeira”, afirmou Israel a uma plateia formada por governadores, gestores ambientais e financiadores de vários países, entre eles a Alemanha e a Noruega.

O secretário de Estado de Meio Ambiente, Israel Milani, destacou o Cadastro Ambiental Rural (CAR) como plataforma de governo e o avanço do Programa de Regularização Ambiental Fotos: Cedidas

Israel anunciou que o Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental será instalado nas demais regiões do Acre, unificando as ações da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), Instituto de Meio Ambiente (Imac), Instituto de Terras (Iteracre), com suporte de outras instituições do governo.

A COP 25 foi a oportunidade ideal para divulgar para a comunidade internacional a concessão florestal do Complexo de Florestas do Rio Gregório (CFERG), que está com pré-edital em fase de consulta pública e será uma das maiores conquistas da gestão ambiental, beneficiando diretamente mais de 500 famílias e gerando emprego e renda para todo o Estado. A concessão faz parte dos negócios florestais sustentáveis apresentados pela Sema na COP 25, com o apoio do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Estado do Acre (PDSA/BID).

O fortalecimento do setor dos produtos não madeireiros e a realização dos mutirões ambientais, com a oferta de serviços ao produtor rural em vários municípios acreanos, também foram evidenciados.

Outra temática do Acre aplaudida foi a revisão e atualização do Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), com o estabelecimento de novos estudos para dar suporte ao agronegócio no estado (zoneamento de risco climático e edafoclimático) para apoiar o produtor no acesso ao seguro agrícola, em casos de perdas provocadas por eventos climáticos extremos.

Após o painel apresentado pelo secretário Israel Milani, a liderança indígena e chefe de departamento do Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), Francisca Arara, participou da sessão temática “Mulheres pelo Clima”, na programação do Amazon-Madrid. Francisca também representa o Acre no Comitê Global de Povos Indígenas e Comunidades Locais da Força Tarefa dos Governadores pelo Clima e Florestas (GCF TF).

Campeões da Floresta

O posicionamento da delegação do Acre também foi bastante aguardado no ciclo de debates “Um Brasil moderno, produtivo e verde”, organizado pelo Earth Innovation Institute. O governador fez uma importante articulação com investidores internacionais, destacando o posicionamento estratégico do Acre, com o acesso ao Pacífico, e como o Estado pode se desenvolver economicamente e continuar preservando as florestas.

Nesse evento, o secretário Israel Milani também pode falar sobre o empenho da equipe da Sema no tocante à execução das políticas ambientais que dão suporte ao agronegócio de baixas emissões, a exemplo da revisão do ZEE.

Espaço Brazil

No espaço “Brazil Climate Action Hub”, a diretora-executiva da Sema, Vera Reis Brown, representou o secretário Israel Milani no painel sobre a política de clima dos estados subnacionais amazônicos, apresentando as políticas ambientais do Acre. Ela destacou a ação conjunta das instituições governamentais e não governamentais, a exemplo da criação nesta nova gestão do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma).

O Cigma é coordenado pela Sema e dá apoio, em termos de resultados de monitoramento do uso da terra, para as instituições do Comando e Controle do Estado. A partir do próximo ano esse projeto será implementado nos municípios do interior, integrando as equipes da Sema, Imac, Iteracre e Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA).

“Esta é uma das principais ações estruturantes para mitigação e adaptação às mudanças climáticas e ao desenvolvimento de projetos de baixas emissões. Este Centro Integrado deu o suporte necessário para as ações da Garantia da Lei e da Ordem Ambiental (GLOA) no estado em parceria com o Exército Brasileiro, Instituto Chico Mendes (ICMBio) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA)”, explicou Vera Reis ao público da COP 25

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