Mulheres do Sistema Penitenciário participam do curso Ela Pode

Crescimento profissional, desenvolvimento de habilidades e empreendedorismo. Isso foi um pouco do que cerca de 100 mulheres do Sistema Penitenciário aprenderam durante o curso Ela Pode, formatado pelo Instituto Rede Mulher Empreendedora com apoio do Google, realizado nesta segunda-feira, 9, no Teatro Plácido de Castro.

Presente em todo o Brasil, o curso foi feito para mulheres a partir dos 16 anos, que tenham ou desejam ter o próprio negócio, que trabalham para uma empresa ou desejam entrar no mercado de trabalho. Os temas abordados envolvem temáticas diversas como comunicação e liderança, vendas, network, marca pessoal, educação financeira e marketing digital.

O curso foi aberto ao público feminino em geral, mas uma parceria entre a organização do evento, a Secretaria de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas para Mulheres (Seasdhm) e o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen) possibilitou a participação de monitoradas, mulheres em cumprimento de medidas alternativas e familiares de presos.

As participantes aprenderam um pouco sobre liderança, educação financeira e marketing digital Foto: Elenilson Oliveira

A monitorada Renata Rodrigues, disse se sentir lembrada em poder participar do evento. “Não é todo mundo que abre um evento como esse para pessoas como nós. A maioria julga pelo fato de sermos monitoradas e, por isso, não dá oportunidades. Aqui eu aprendi que nós temos que lutar pelo que queremos, sair da zona de conforto e batalhar. Independentemente da situação em que estamos, não podemos desistir” afirmou.

A gerente de Ações Sociais do Iapen, Liliane Moura, destacou a grande participação das mulheres do Sistema Penitenciário e reafirmou que fomentar o empreendedorismo para esse público é colaborar com o processo de ressocialização. “É um evento que fala da rede da mulher empreendedora e que ensina para elas como ser uma empresária de sucesso. Envolve diversas questões como, moda, beleza, administração”, disse.

Ela ressaltou, ainda, que “dentro do processo de ressocialização a maior importância é a capacitação profissional e a autonomia dessas mulheres. Poder ter o próprio negócio, montar a própria empresa, trabalhar com o que gosta, é um grande incentivo para elas. E isso contribui para que elas não voltem a reincidir”.

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