Através de consenso, Governo e Aleac ampliam diálogo com sindicatos e reforma da previdência será votada dia 26

Em um claro sinal de respeito à democracia, o governador Gladson Cameli atendeu a uma solicitação do presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), deputado Nicolau Júnior, e do líder do governo na Aleac, Ghelen Diniz, para o adiamento da votação da reforma da previdência estadual para que o tema seja amplamente debatido com os servidores públicos, entidades de classe e demais instituições.

Segundo Cameli, sua gestão é e sempre será pautada pelo diálogo e diante da seriedade do assunto, o governador quer que todas as dúvidas sejam esclarecidas antes de entrar na pauta de votação de Aleac. Gladson afirma que a aprovação do texto é necessária para a saúde financeira do Estado acreano, já que o déficit previdenciário continua crescendo. Se nada for feito, o aporte do tesouro estadual para arcar com o pagamento de aposentadorias e pensões será de quase R$ 1 bilhão até 2022.

Segundo Cameli, sua gestão é e sempre será pautada pelo diálogo Fotos: Arquivo Secom

“Estamos tendo a coragem de fazer o que os governos passados não fizerem ao longo de vinte anos. A grande verdade é que o Estado pode quebrar se a reforma da previdência estadual não acontecer. Alguns têm usado esse tema tão sério para se aproveitar politicamente de uma situação que eles não fizeram quando governaram o nosso estado. Quero aqui agradecer a todos que compreendem a necessidade de aprovar esta reforma para o bem de todos. Nesse tempo, vamos esclarecer ponto a ponto da reforma da previdência e mostrar que ela será fundamental para o futuro do Acre e tenho certeza que os servidores e sindicatos irão entender que essas mudanças são necessárias”, argumentou o governador.

O presidente da Aleac elogiou a postura do governador em atender o pedido do poder Legislativo para a ampliação do prazo para que a reforma da previdência seja debatida de maneira que todos os questionamentos sejam sanados. Após o amplo diálogo com a sociedade, a expectativa é que o texto seja votado pelo deputados estaduais no próximo dia 26 de novembro.

“Estivemos reunidos com o governador Gladson Cameli e com o líder do governador, deputado Gehlen Diniz, e aqui quero registrar a conduta democrática do governador em sempre prezar pelo diálogo e prontamente entramos em consenso para que a reforma da previdência seja discutida pela Assembleia, governo do Estado, funcionários públicos, sindicatos e sociedade em geral. Acredito que desta forma vamos chegar ao ponto que seja melhor para todos”, frisou Nicolau Júnior.

O líder do governo no parlamento acreano, deputado Gehlen Diniz, lembrou que “ao longo da semana, recebemos todos os sindicatos e foi pedido mais tempo para que essa proposta de reforma da previdência fosse melhor debatida e de maneira democrática, o próprio governador foi sensível em atender esse pedido. É importante esclarecer que este não foi um problema criador durante a gestão Gladson Cameli, mas durante os governos passados que fizeram pouco caso para um assunto de tamanha responsabilidade. O que o atual governo está fazendo é corrigir esses problemas. Vamos conseguir fazer com que o rombo previdenciário pare de crescer e não comprometer mais ainda o orçamento estadual com o pagamento de aposentadorias e pensões.”

Para o diretor-presidente do Acreprevidência, Francisco Alves de Assis Filho, com a extensão do prazo, o governo conseguirá explicar de maneira técnica a necessidade nas atuais regras da previdência estadual. “Por meio de gráficos, planilhas e apresentações técnicas, vamos evidenciar a necessidade da reforma da nossa previdência. A situação para o futuro bem próximo não é das melhores e vamos demonstrar que se nada for feito, o Estado terá a maior parte do seu orçamento destinado para o pagamento de servidores inativos, impossibilitando outros investimentos e até mesmo o funcionamento da máquina pública”, observou.

O governador Gladson Cameli fez questão de pedir o apoio de todos os parlamentares e enfatizou que o futuro das próximas gerações depende dessa aprovação. O chefe do Executivo não quer que a maior parte do orçamento estadual seja destinado tão somente ao pagamento dos servidores inativos, impossibilitando a destinação de recursos para investimentos em áreas importantes, como saúde, educação, segurança pública e infraestrutura.

“O momento pede a união de todos e o partido tem que ser o nosso brasão, a bandeira do nosso estado. Muitos outros estados do país estão pagando a conta porque não fizeram a reforma da previdência e não queremos de maneira alguma que o Acre siga pelo mesmo caminho. Eu tenho certeza que vamos conseguir avançar e executar os grandes investimentos que estamos planejando para os próximos anos que serão fundamentais para alavancar a nossa economia e gerar muitos empregos para o nosso povo”, pontuou Cameli.

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