Uma equipe do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) apresentou ao governador Gladson Cameli nesta terça-feira, 5, projetos para melhorias na oferta de água tratada e coleta de esgoto para a população dos 22 municípios acreanos. Pela proposta, o Acre receberia R$ 1 bilhão em investimentos ao longo de uma década.
Segundo Jorge Assalie e Guilherme Albuquerque, representantes do banco, caso o cronograma seja cumprido rigorosamente, em um prazo máximo de cinco anos toda a população urbana terá acesso a água encanada. Atualmente, este percentual chega a 65%. Já em relação ao esgotamento sanitário, o prazo é maior. Como apenas Rio Branco possui a coleta de dejetos, seriam necessários 12 anos para alcançar esta universalização.
Estudos realizados pelo próprio BNDES revelam que o saneamento básico do Acre está entre os que mais apresentam perdas em comparação com os outros estados. Além do desperdício de 60% da água tratada, a arrecadação do Departamento de Água e Esgoto (Depasa) não cobre os custos da empresa, contribuindo com déficit orçamentário do tesouro estadual.
Gladson mostrou-se empolgado com o projeto apresentado pelo BNDES para melhorias em saneamento básico. Segundo o gestor, são projetos desta magnitude que ajudam na evolução dos índices de qualidade de vida da população.
“Muitos políticos não gostam de investir em saneamento porque é uma obra que fica escondida debaixo da terra. Só que investindo nesta área, vamos estar evitando que a nossa população se contamine e adoeça. São projetos como este que queremos para melhorar a distribuição de água e a coleta de esgoto em todos os municípios. Além disso, esse investimento bilionário vai nos ajudar a gerar muitos postos de trabalho”, frisou Cameli.
Durante a reunião, realizada na Casa Civil, ficou decidido que o governo montará sua própria comissão para analisar criteriosamente a proposta apresentada pelo BNDES e sua viabilidade econômica.