Gamelas produzidas com resíduos de madeira fazem sucesso no 13º Salão do Artesanato Raízes Brasileiras

Produto autenticamente acreano, confeccionado a partir de resíduos do manejo florestal comunitário do Projeto de Assentamento Agroextrativista (PAE) Porto Dias, as gamelas chamam atenção pela mistura entre o rústico e o sofisticado. Elas estão esbanjando beleza no estande do Acre durante o 13º Salão do Artesanato Raízes Brasileiras, que acontece de 9 a 13 de outubro, no Parque do Ibirapuera em São Paulo.

As gamelas são produzidas pelos artesãos da Associação Seringueira Porto Dias (ASPD), projeto que conta com o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema). Uma novidade do projeto é o lançamento do site https://www.artesanatoportodias.com/, uma ferramenta de divulgação e comunicação com empresários e clientes.

A gestão da Sema, por meio do financiamento do Programa de Desenvolvimento Sustentável de Estado do Acre (PDSA/BID), tem dado visibilidade ao projeto da ASPD. Para o secretário de Estado de Meio Ambiente, Israel Milani, a participação da ASPD no Salão do Artesanato em São Paulo reforça o potencial dos produtos acreanos. “São peças bonitas e com um diferencial que merece ser enfatizado, o uso de resíduos do manejo florestal. A Sema apoia esse projeto que com certeza está dando destaque ao Acre por onde passa”, disse.

A comercialização das peças tem sido satisfatória, de acordo com a artesã da ASPD, Daiane Correia do Nascimento. “Logo que começou a feira, as pessoas já vieram visitar o estande do Acre e, o melhor, compraram nossas peças. Para mim, é uma grande satisfação apresentar nosso trabalho nesse importante evento de artesanato, além de poder conhecer e trocar experiências com artesãos do Brasil inteiro”, comentou.

Artesãos da ASPD no Salão do Artesanato de São Paulo. Foto cedida.

Daiane é neta do fundador da ASPD, José Irinio do Nascimento, e tem orgulho da sua atividade como artesã. “Nós que participamos da associação temos um diferencial dentro da comunidade, temos uma valorização, exatamente por conta do nosso trabalho. Hoje estamos levando as nossas peças para importantes feiras do nosso estado e também fora. Queremos, em breve, expor em Belo Horizonte”, comentou.

O projeto conta hoje com 10 artesãos, mas, de acordo com a consultora da cadeia de valor da madeira da Sema, Anelena Carvalho, estão previstas novas capacitações e ampliação do número de jovens participantes.

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