Em alusão aos 13 anos de criação da lei Maria da Penha, o governo do Estado iniciou na manhã desta segunda-feira 15, um treinamento com os policiais militares que atendem as ocorrências geradas pelo aplicativo de prevenção a violência contra mulher, o “Botão da Vida”.
O treinamento faz parte da programação idealizada pela Secretaria de Estado de Assistência Social, dos Direitos Humanos e de Políticas para as Mulheres (SEASDHM), em parceria com demais instituições que participam do programa “Junto por elas”.
“O índice de violência no Acre é preocupante, precisamos falar a verdade, e baseado nos números estamos empenhados em desenvolver ações voltadas para esta problemática. Hoje temos parceiros de excelência e juntos estamos trazendo conhecimento com a programação que se estende até quarta-feira”, destacou a secretaria Claire Cameli.
Aproximadamente 30 policiais participam da patrulha “Maria da Penha” e atendem atualmente 75 mulheres só em Rio Branco, com medidas protetivas como forma de prevenção ao crime de feminicídio. O “Botão da Vida”, é o aplicativo pelo qual a vítima aciona a polícia sempre que o agressor quebrar a medida judicial.
“Quando a mulher aciona esse botão presente no aplicativo de celular, o pedido de ajuda chega ao Centro Integrado em Operações que já envia a patrulha especializada. Os policiais já vão munidos com informações do agressor, foto e localização de onde está a vítima. Hoje a patrulha Maria da Penha só está ativa em Rio Branco, mas pretendemos estender o serviço também para Cruzeiro do Sul, segundo município com maior índice de violência doméstica do Estado”, explicou a Major Alexssandra Rocha da Polícia Militar.
Para agregar conhecimento e experiência ao treinamento direcionado aos militares do atendimento especializado as mulheres, o Governo trouxe policiais da Bahia, tidos como referência nacional e internacional em projetos de prevenção a violência contra mulher. Durante o treinamento, eles mostraram através de slides como funciona os trabalhos de patrulha que ganhou reconhecimento em todo o país.
“Nós viemos mostrar como trabalhamos lá na Bahia. Fiscalizamos o cumprimento da lei, acompanhamos as mulheres vítimas de violência e ainda realizamos o trabalho de conscientização. Orientando tanto homens quanto mulheres sobre esse mal silencioso que atinge principalmente o público feminino. Os índices no Acre cresceram muito, porém não é algo peculiar só dessa região, acontece em todo o país e precisamos combater”, disse o Sargento Djair Moura, um dos militares palestrantes, vindos da Bahia.
