Primeira infância é tema de reunião entre Saúde e Assistência Social

Programas de apoio e assistência às necessidades da primeira infância podem ter ações alinhadas no Acre para alcançar maior número de famílias

Com uma população de crianças de 0 a 6 anos estimada em 96.373 pessoas, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2012, é urgente para o governo do Acre buscar soluções que deem maior cobertura às necessidades desta faixa etária, especialmente nas áreas da saúde e de assistência social. Na manhã desta sexta-feira, 24, a primeira-dama, Ana Paula Cameli, atendendo à solicitação da senadora Mailza Gomes (PP), da Frente Parlamentar da Primeira Infância, recebeu coordenadores e representantes dos programas Primeira Infância Acreana (PIA) e Criança Feliz.

O secretário de Saúde, Alysson Bestene, também participou da reunião que teve como objetivo traçar metas e diretrizes que unifiquem as ações dos dois programas para atender o maior número de crianças e gestantes no Acre. O Primeira Infância Acreana recebeu financiamento da Fundação Bernard Van Leer até o fim de 2018. A fundação com sede na Holanda existe há 70 anos e suspendeu este financiamento no final do ano passado. Atualmente destina recursos para o Programa Criança Feliz, que no estado abrange 18 municípios com acompanhamento e orientações básicas sobre o cuidado que os pais devem ter com crianças nesta faixa etária, informações sobre saúde e acompanhamento de gestantes.

Os dois programas foram criados para promover o desenvolvimento infantil integral na primeira infância dar apoio a mulheres durante a gestação e após o nascimento da criança.

Reunião foi realizada para definir alinhamento e unificação das ações dos dois programas voltados à primeira infância. (Fotos: Diego Gurgel/Secom)

“Quando meu primeiro filho nasceu, a minha esposa tinha 13 anos e nós já vivíamos juntos. Não sabia como me portar, o que ensinar pra ele”, conta Wellington Pimentel, casado com Suelane e pai de três meninos. Foi após o nascimento do filho do meio que a equipe do PIA chegou à casa da família. “A gente abriu a nossa casa para acolher o programa e minha terceira gravidez foi bem diferente das primeiras. Hoje posso dizer que sou uma mãe muito melhor”, avalia Suelane.

A coordenadora do Núcleo Materno-Infantil do Departamento de Atenção Primária, Políticas e Programas Estratégicos (DAPE) da Secretaria de Saúde do Estado, Priscylla Aguiar, destaca que o resultado das visitas domiciliares feitas pelos Agentes Comunitários de Saúde nos dez municípios atendidos em três anos podia ser observado entre a oitava e a décima segunda visita. “Percebemos a redução da criminalidade, com queda no envolvimento de crianças e adolescentes em conflito com a lei e uso de álcool e outras drogas, quebra do ciclo de pobreza, índice de gravidez na adolescência, por exemplo”, diz Priscylla Aguiar ressaltando que todo o contexto familiar é beneficiado com as ações.

Para a primeira-dama, Ana Paula Cameli, este é o tipo de programa que viabiliza soluções para diminuir o impacto negativo sobre o desenvolvimento infantil que ela defende para o Acre. “Acredito e apoio este tipo de programa que atua na prevenção de problemas sociais e de saúde que afetam as crianças. Me coloco à disposição não somente como primeira-dama, mas como mulher, mãe e cidadã para que eles possam alcançar mais famílias”.

A senadora Mailza Gomes se comprometeu a prosseguir com as articulações para dar continuidade ao programa Primeira Infância Acreana. “Precisamos procurar soluções para unificar os programas e não perder o que já foi feito até aqui”. As equipes irão buscar as soluções judiciais e burocráticas para promover possivelmente a integração. Uma nova reunião, em data a ser definida, será realizada para deliberar sobre a unificação entre os programas Primeira Infância Acreana e Criança Feliz no Acre.

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