Autoridades e lideranças comunitárias e políticas do Acre debatem nesta sexta-feira, 25, propostas de cooperativismo e de uma economia solidária e o método de parceria público, privado e comunitário, a PPPC, em que o Estado é pioneiro nesse sistema que propõe a gestão compartilhada e com nova visão social e ambiental dos empreendimentos econômicos.
O encontro começa às 8 horas, no auditório da Escola Campos Pereira, no bairro José Augusto, em Rio Branco.
O deputado Taumaturgo Lima é um dos mais envolvidos com a questão do cooperativismo no Acre. Em 2003, apresentou e conseguiu aprovar na Assembléia Legislativa a Lei Estadual de Cooperativismo, instrumento que significou grande avanço para o setor.
A iniciativa do debate é do senador Sibá Machado (PT-AC), que irá falar sobre o tema da PPPC.
Senador vê nas PPPCs meio de economia solidária
Um dos articuladores do sistema de parceria pública, privada e comunitária, o senador Siba Machado estará ministrando palestra sobre o tema no encontro desta sexta-feira, na Escola Campos Pereira. Machado tem esse método como instrumento de economia solidária no Acre e vê no cooperativismo organizado e bem gerido uma forma muito boa de geração de trabalho e distribuição de renda.
Veja o que diz o senador sobre o tema na entrevista abaixo:
Senador qual o objetivo deste encontro sobre o cooperativismo que acontece na sexta-feira em Rio Branco?
Sibá Machado – Queremos debater as várias experiências de cooperativismo que deram certo. Em especial vamos conhecer o método adotado pelo Grupo Mondragón na Espanha e pela Rede de Cooperativas Sociais da Itália.
No que as experiências da Espanha e da Itália se diferenciam do cooperativismo brasileiro?
Sibá Machado – As cooperativas do grupo Mondragón são formadas não só por trabalhadores, pois congregam outras categorias de sócios, como os sócios usuários e sócios colaboradores.
Já o CGM (Consórcio Nacional de Cooperativas de Solidariedade Social Gino Matarelli) consolida o modelo de cooperativismo na Itália criado há mais de 30 anos.
Como serão aplicados os modelos dessas cooperativas no Acre?
Sibá Machado – Queremos firmar convênios e oferecer treinamento para que pessoas do Acre possam repassar os conhecimentos para cooperativas já existentes e outras que possam vir a se formar no nosso Estado. O cooperativismo quando feito de forma organizada e planejada pode gerar excelentes frutos e alavancar a economia de uma região.
Será firmado algum acordo com o Governo do Estado na implantação de novas cooperativas?
Sibá Machado – Ao final do encontro faremos a apresentação do que chamamos de "Acordo de Ação Coletiva para o Estado do Acre". Nesse documento estarão todos os passos para que a organização cooperativa participe cada vez mais da economia acreana.
PROGRAMAÇÃO DO ENCONTRO
8h00 – Credenciamento e recepção dos convidados;
8h30 – Abertura do Encontro;
9h00 – Apresentação da experiência de economia solidária do Grupo Mondragón/Espanha e seu método, por Ibrahin Elias;
9h30 – Apresentação da experiência de economia solidária da CGM – Cooperativas Sociais na Itália, por Marcio Dagnoni;
10h00 – Apresentação do Método Participação Publico Privado e Comunitário – PPC, pelo Senador Sibá Machado;
10h30 – Apresentação da Lei Estadual de Cooperativismo, pelo Deputado Estadual Taumaturgo Lima;
11h00 – Apresentação sobre o conceito de Economia Solidária e seu contexto no Acre, por Paulo Braña e Danuza Lemos;
11h30 – Apresentação de modelo cooperativista trabalhado pelo Sistema OCB, por Valdemiro Rocha;
12h00 – Relato das experiências do setor produtivo: Coopel – Cooperativa de Leite e, Cooperacre – Central de Cooperativas do Acre;
13h00 as 14h00 – Horário de almoço;
14h00 – Debate das apresentações do período da manhã;
15h30 – Construção de um Acordo de Ação Coletiva para o Estado do Acre integrando cooperativismo e economia solidária como estratégia de desenvolvimento local.