O diretor de Operações dos Laboratórios Charles Mérieux Pascal Vincelot e o pesquisador e assessor da Fundação Mérieux Chistian Trepo estão no Acre para acompanhar o andamento dos últimos ajustes para que a sala de coleta de exames do Laboratório entre em operação. A visita da equipe francesa foi acompanhada, nesta terça-feira, 26, pelo presidente da Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre), Lúcio Brasil, pelo gerente-geral Andreas Stocker, secretário de Saúde em exercício, Erisson Calixto, e pelo médico infectologista Thor Dantas.
A equipe representa a Fundação Mérieux responsável pela doação do primeiro laboratório de biologia molecular do Acre, o Centro de Infectologia Charles Mérieux, Laboratório Rodolphe Mériuex de pesquisa e diagnóstico em doenças infecciosas. O Acre ganhou a unidade mais moderna de um laboratório molecular da Fundação, num investimento de quase R$ 10 milhões.
“Viemos ao Acre para conhecer a nova equipe de governo e nos colocar à disposição para estabelecermos parcerias. A sala de coleta está quase pronta para iniciarmos o atendimento dos pacientes. Este laboratório possui tecnologia de ponta”, disse o diretor.
O laboratório foi inaugurado em 2016, e já iniciou o trabalho de formação de profissionais da área da saúde que trabalham com biologia molecular. “Estamos trabalhando para desenvolver testes rápidos e sofisticados que faltam no mercado. Nossa proposta é montar uma equipe local”, destacou Andreas Stocker, gerente-geral do laboratório do Acre.
Com equipamentos laboratoriais de ponta e salas com pressão, ventilação e climatização próprias, o espaço é voltado para estudos, pesquisas científicas e análises clínicas, principalmente das doenças tropicais como as hepatites virais.
A unidade permite o desenvolvimento de pesquisas em diversas doenças endêmicas, hepatites virais, tuberculose, entre outras, além de servir de campo para formação de recursos humanos na área de diagnóstico molecular.
Dantas falou da importância do laboratório para o Acre. Segundo ele, geralmente tem-se o costume de achar que doenças comuns precisam de pouca tecnologia e doenças raras precisam de muita tecnologia, mas temos algumas doenças comuns que precisam de tecnologia. “No Acre não tínhamos acesso a isso e mandamos os exames para fora, com alto custo e com risco dos exames não serem precisos. A grande vantagem do laboratório é poder tratar de doenças comuns de uma forma adequada, sabendo o que estamos tratando”, explicou.
Área de coleta entra em operação em abril
O espaço para a área de coleta das amostras dos pacientes para análise necessita de um protocolo próprio em se tratando de biologia molecular.
A área de coleta entra em operação em abril. O presidente da Fundhacre, Lúcio Brasil, destaca que foram investidos cerca de R$ 350 mil na estruturação da sala. “Nossa meta é beneficiar a população com as pesquisas que são desenvolvidas aqui, mas também com atendimento direto”, disse.