Violência doméstica é tema de conversa com mulheres reeducandas

Em continuidade às atividades alusivas ao mês da mulher, o governo do Estado do Acre, por meio do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos e Assistência Social do Município de Rio Branco, realizou na quinta-feira, 14, uma roda de conversa sobre violência doméstica e violência contra a mulher. A atividade foi desenvolvida na sede da Central Integrada de Alternativas Penais (Ciap), com um grupo de 16 mulheres que cumprem medidas alternativas.

Roda de conversa faz parte da 13ª Semana da Justiça pela Paz em Casa (Foto: Ascom Tribunal de Justiça)

A ação também faz parte da 13ª Semana da Justiça pela Paz em Casa, promovida pelo Conselho Nacional de Justiça em parceria com os Tribunais de Justiça estaduais. O objetivo é ampliar a efetividade da Lei Maria da Penha e concentrar esforços para agilizar o andamento dos processos relacionados à violência de gênero.

A desembargadora Eva Evangelista esteve presente na abertura da atividade e em seu discurso inicial afirmou que a violência doméstica é uma “doença” silenciosa que alcança todas as classes sociais. “Nós temos que ser respeitadas e não podemos permitir, jamais, que um homem possa violar o respeito à nossa dignidade humana”, disse.

A gerente do Departamento de Política para as Mulheres de Rio Branco, Lidiane Cabral, que conduziu a roda de conversa, ressaltou que essa é a possibilidade das mulheres enxergarem outras alternativas para serem felizes enquanto mulher. “É entender que ela é um ser humano, que tem direitos e que pode também ter outras perspectivas de vida, fortalecendo a sua autoestima e principalmente gerando autonomia financeira e econômica”.

Outro objetivo é “dar oportunidade para que essas mulheres se enxerguem como seres humanos que têm direitos e deveres, mas que precisam do apoio do estado, do município e das nossas políticas públicas”, afirmou Lidiane.

A gerente de Ações Sociais do Iapen, Jandira Bandeira, explicou que a Ciap realiza atendimentos em todas as áreas da reintegração social, disponibilizando atendimento psicológico, social e atendimento jurídico. “Além desses atendimentos, os cumpridores de medidas alternativas participam de grupos de reflexões, onde são realizadas palestras e rodas de conversa que visam a reflexão sobre a prática do crime cometido”, completou.

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