“Estávamos na prateleira, mas agora estamos tendo a oportunidade de sermos tratados como empresários”. Com essa frase, a vice-presidente da Federação das Indústrias do Acre (Fieac) e presidente do Sindicato das Indústrias de Base Florestal, Adelaide de Fátima, resumiu o sentimento e a expectativa dos empresários em relação ao governo de Gladson Cameli, que está iniciando.
Esta semana, ela convidou o secretário de Meio Ambiente (Sema), Israel Milani e o presidente do Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac), André Hassem, para conhecer a maior empresa do setor madeireiro do Estado, a espanhola Agrocortex, sediada no município de Manoel Urbano e que gera em torno de 150 empregos diretos.
“Como é uma nova gestão, sob um novo comando, convidamos para que eles viessem conhecer o maior empreendimento de base florestal do Estado do Acre e de toda a região Norte e que possui o FSC internacional”, disse. A FSC é uma organização independente, não governamental e sem fins lucrativos, estabelecida para apoiar o manejo ambientalmente adequado.
Fátima explicou que a indústria madeireira tem tudo para ser fortalecida porque há matéria-prima em abundância e o que estava faltando era incentivo por parte do governo, sobretudo o relacionado a desburocratização. “E é isso que esperamos do novo governo, que trabalhe em parceria para que a gente possa escoar a produção”, afirmou.
“Sempre fomos vistos como vilões, mas agora teremos a oportunidade de produzir e gerar emprego, renda e ajudar o governador Gladson Cameli a fazer com que o Estado seja altamente produtivo”, destacou.
A visita a Agrocortex foi apenas a primeira. A vice-presidente pretende levar os representantes do governo a outras indústrias para que eles possam conhecer de perto a realidade do setor, o potencial de cada uma e dialogar com todos os empresários.
“O compromisso do governo é que nós façamos o nosso dever de casa que é cumprir a legislação ambiental, e isso nós fazemos, e assim teremos a oportunidade de trabalho e a desburocratização, sobretudo a ligada aos processos de licenciamentos ambientais”, frisou a empresária.