Criado em 2004, o Complexo Estadual de Florestas do Rio Gregório (CEFRG), localizado no Vale do Juruá, tem o intuito de impulsionar a produção sustentável, turismo de base comunitária, atividades que mitigam os impactos da pavimentação da rodovia, ao mesmo tempo em que garantem a preservação dos recursos e geram mais qualidade de vida às famílias que residem dentro e no entorno da região.
No sábado, 19, produtores e instituições que compõem do Conselho Consultivo e Integrado do CEFRG reuniram-se na Unidade de Gestão Ambiental Integrada (Ugai) do Liberdade para planejar as ações de 2018. O coletivo, presidido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) – também responsável pela gestão do complexo de florestas –, demonstra o modelo de gestão participativa adotado pelo governo.
“Essa reunião foi extremamente positiva, pois discutimos a reorganização do regimento interno, assegurando maior participação da comunidade, bem como de outros órgãos, como o ICMBio e WWF, que nós convidamos para integrar o conselho. O planejamento das atividades deste ano, além de organizar os projetos que já estão em andamento, também consolida a implementação do manejo comunitário e a concessão florestal dos próximos 40 anos”, salientou Edegard de Deus, titular da Sema e presidente do Conselho Consultivo e Integrado do CEFRG.
Associações de produtores e a Cooperativa de Produtores Familiares e Economia Solidária da Floresta do Mogno (Coopermogno) participam ativamente do coletivo, que visa construir, de maneira participativa e integrada, ações de fortalecimento socioeconômico e cidadania na região.
Segurança pública também foi pauta do encontro. A partir de agora, o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) compõe do Conselho Consultivo Integrado do CEFRG. “Essas patrulhas nas reservas de proteção ambiental têm sido realizadas não apenas no Gregório, mas em todo o estado. Consideremos um avanço, integrar esse conselho, pois com isso a comunidade ganha a efetividade da presença mais ativa da Polícia Militar e nós cumprimos com a nossa obrigação constitucional de proteger a sociedade”, destacou o comandante do BPA, coronel Antônio Teles.
Governo parceiro
A relação entre comunidade e governo tem garantido o crescimento produtivo, de acordo com o presidente da Associação de Agricultores do Tauarí, Jorge Luiz Moura, mais conhecido como Miller.
“Essa parceria tem sido muito boa, pois através das políticas públicas, nós produtores, estamos nos beneficiando da agricultura familiar. Essa relação aproximou o governo do produtor, que tem conseguido expor suas necessidades”, salientou Miller.“Hoje, o governo bate na porta do produtor. Antigamente, há 20 anos, isso não acontecia.”
A opinião de Moura também é compartilhada por Lucivam Silva Rodrigues, presidente da Associação de Agroextrativistas e Produtores do Mamoré/Maracanã. “Tem sido uma parceria saudável, que se mede na melhoria da nossa renda financeira, alimentação familiar e segurança. As ações do governo aqui melhoraram a perspectiva de vida dos moradores da floresta”, frisou.
