Tião Viana apresenta experiências do Acre em desenvolvimento sustentável para governos da Colômbia e Peru

De 21 a 23 de março, o Acre será sede do primeiro Paisagens Sustentáveis da Amazônia, evento do Banco Mundial, que trouxe membros dos governos da Colômbia e Peru para conhecer experiências exitosas de desenvolvimento sustentável realizadas pelo governo do Estado.

O governador Tião Viana abriu o evento nesta segunda-feira, 21, em Rio Branco, para uma plateia composta pelo vice-ministro do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia, Willer Guevara, e mais 14 representantes do governo do país, além do diretor-geral do Ministério do Meio Ambiente do Peru, Daniel Anavitarte, junto com mais seis representantes de seu país, e membros do Banco Mundial e do governo federal.

Membros dos governos da Colômbia e Peru vieram conhecer experiências exitosas de desenvolvimento sustentável realizadas pelo governo do Acre (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Durante os três dias, o Acre será um local de bate papo, uma troca de experiências e conhecimentos sobre as melhores práticas de inclusão social, econômica e de desenvolvimento sustentável na floresta amazônica.

“Vamos trocar um modelo de cooperação a partir de uma experiência que está dando certo no Acre. Reduzimos o desmatamento ilegal em 66% nos últimos doze anos e quadruplicamos o nosso Produto Interno Bruto ao longo de 16 anos. São experiências que mostram conservação da natureza e melhoria da qualidade de vida”, disse Tião Viana.

Um projeto que tem dado certo

Representando um projeto de governo em vigor há quase vinte anos, o governador Tião Viana em sua gestão dedicou políticas públicas para aumentar a produtividade do setor agropecuário utilizando áreas já abertas, apresentando opções para o não uso do fogo e fortalecendo cadeias produtivas e o extrativismo vegetal com a floresta preservada em 87% do território acreano.

Além disso, a política acreana de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal com Benefícios Socioambientais (REDD+), torna o estado no primeiro governo subnacional a receber compensação por resultados na redução de emissões de carbono, gerando um modelo internacional do projeto que receberá R$ 115 milhões da Alemanha e Noruega para o combate ao desmatamento no Acre e valorização das populações extrativistas.

“o Acre se destaca como um modelo de desenvolvimento sustentável não só para a América do Sul, como para o mundo, porque aqui tivemos uma série de governos comprometidos”, conta Adriana Moreira, do Banco Mundial (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Adriana Moreira, especialista sênior em meio ambiente do Banco Mundial, destaca que o Acre é um modelo a ser seguido no tocante aos cuidados com suas reservas extrativistas e as políticas públicas para os povos indígenas.

“Essa é a primeira reunião que estamos tendo do programa e o Acre se destaca como um modelo de desenvolvimento sustentável não só para a América do Sul, como para o mundo, porque aqui tivemos uma série de governos comprometidos não só com a inclusão social, mas com a redução do desmatamento, a geração de emprego e renda e o foco na redução da pobreza. Esse é um trabalho que o Banco Mundial considera quase que como um laboratório de iniciativas inovadoras e o Acre tem essa liderança”, conta Adriana.

Reconhecimento internacional

Só nas últimas semanas, o Acre recebeu a visita do reitor da Faculdade de Direito da Universidade do Colorado (EUA), James Anaya, representantes da Northern Virginia Community College (NOVA) e gestores do Peru, Moçambique, Guatemala e Madagascar, o que consolida o prestígio do estado na busca por parcerias e inovações na área do desenvolvimento sustentável.

Agora, presente no Paisagens Sustentáveis da Amazônia, o vice-ministro do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia, Willer Guevara, acredita que este será um encontro enriquecedor no fortalecimento de políticas públicas internacionais.

Para o vice-ministro do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia, Willer Guevara, este é um momento de aprender com o Acre (Foto: Sérgio Vale/Secom)

“Queremos aprender com o Acre, pois o estado é muito importante no tema de convergir os ecossistemas e recursos naturais. É um negócio que permite a economia da região se tornar próspera, enquanto na Colômbia estamos avançando no tema de proteção de áreas ambientais, uma vez que nos interessa proteger o futuro”, ressalta Guevara.

O diretor-geral do Ministério do Meio Ambiente do Peru, Daniel Anavitarte, completa: “Para nós é uma grande oportunidade de poder estar aqui e aprender com o Acre como valorizar sua Amazônia, suas áreas protegidas, seus trabalhos com comunidades. Nós compartilhamos grande parte do território amazônico e uma aposta que fazemos é dar valor a Amazônia e suas comunidades. Dessa maneira, estamos aqui buscando experiências exitosas”.

O governo federal também marcou presença no evento. O diretor do Ministério do Meio Ambiente do Brasil, Welles Abreu, aposta a importância de um estado subnacional como o Acre chegar a esse nível de reconhecimento.

“Ficamos muito orgulhos de um estado brasileiro ser referência internacional com grande destaque por suas experiências. Vimos aqui diversos resultados apresentados não apenas do ponto de vista ambiental, mas social com ações sustentáveis”.

Leia também: Mas, afinal, por que o Acre tem se destacado e se tornou um exemplo em políticas ambientais internacionais?

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