Visando combater e prevenir a doença, o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre (Idaf) iniciou nesta semana a campanha de vacinação contra a brucelose bovídea. Os produtores acreanos têm até 31 de dezembro deste ano para realizar o procedimento veterinário em fêmeas (bezerras) entre três e oito meses de idade.
A obrigatoriedade é resultado da publicação de uma portaria da instituição, em 2012. A brucelose é uma enfermidade infectocontagiosa que traz prejuízos ao rebanho bovino, principalmente ao gado leiteiro, provocando artrose, artrite e aborto nas fêmeas, sendo também transmitida para humanos.
Cada animal recebe uma única dose de vacina durante toda a sua vida. A campanha corresponde às metas do Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose (PNCEBT), promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que define uma meta mínima de 85% de cobertura vacinal.
Dúvidas e orientações podem ser sanadas nos escritórios do Idaf. Os produtores que não cumprirem a legislação são autuados e podem ter suas propriedades embargadas pelo órgão fiscalizador.
“Mesmo pagando a multa, o proprietário que não vacinar no prazo, também é obrigado a vacinar os seus animais. A vacinação em dia e a erradicação dessas enfermidades agregam valor ao comércio da proteína animal e abrem mercados”, observa o coordenador estadual do PNCEBT, Francisco Ferreira.
O Acre possui um rebanho de animais em idade de vacinação contra a brucelose de aproximadamente 200 mil bezerras.
Agentes de vacinação
Para facilitar o procedimento e ampliar a rede vacinal, o Idaf promove cursos de formação para agentes de vacinação.
“No Brasil há uma carência de médico veterinário autônomo, de modo que isso também encarece a vacinação para o pequeno produtor. Assim como em Rondônia, nós capacitamos o agente vacinador, que é profissional de nível médio, que faz o curso de capacitação para executar a atividade”, explica Mário César de Araújo, gerente de Defesa Sanitária Animal do Idaf.