Tião Viana inicia participação em encontro do GCF com reuniões e fortalecimento de parcerias

O governador Tião Viana iniciou a participação do Acre no encontro anual da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas (GCF), que ocorre, dos dias 25 a 29, em Balikpapan, na Indonésia. Para chegar à cidade onde o evento está sendo sediado, foram percorridas cerca de 30 horas de voos, com escalas em Dubai e Jacarta.

Prestes a completar 10 anos de existência no próximo ano, a força-tarefa vai debater durante o encontro o seu aperfeiçoamento de governança, as questões voltadas para a política indígena, construção inclusiva e economia verde.

Tião Viana viajou acompanhado da primeira-dama do Estado, Marlúcia Cândida, que falou sobre a política de gastronomia de baixo carbono e hospitalidade desenvolvida no Acre, da secretária-chefe da Casa Civil, Márcia Regina e também de gestores do Meio Ambiente, Magaly Medeiros e Dande Tavares.

Delegação acreana juntamente com representantes do GCF e do governo da Califórnia (Foto: Leonildo Rosas)

No primeiro dia de encontro, Tião Viana se reuniu com Richard Corey, diretor-executivo da Agência de Qualidade Ambiental da Califórnia, que trouxe o convite do governador Jerry Brown para que o Acre participe de um congresso sobre o clima, previsto para acontecer em setembro de 2018, na cidade americana.

Após o diálogo com o americano,  junto com o governador de Rondônia, Confúcio Moura, e a vice-governadora do Tocantins, Cláudia Lélis, Viana debateu com os coordenadores da GCF incentivos para os estados da região Norte do Brasil que procuram conciliar conservação, bem-estar social e desenvolvimento, além dos termos do documento “Desafio Balikpapan” que será produzido no término do evento.

“Viemos a Balikpapan para apresentarmos o nosso modelo de desenvolvimento sustentável, com qualidade de vida e conservação, mas esperamos trocar experiências com os demais estados que formam o GCF”, disse Tião Viana.

O que vem do encontro

O encontro deve produzir um documento chamado Carta de Klamath, que inclui princípios da colaboração entre governos com povos indígenas e comunidades tradicionais. A minuta terá como base o trabalho intensivo realizado na  Califórnia, com a Tribo Yurok, por delegados do GCF, representantes dos povos indígenas e comunidades locais.

Governadores e lideranças discutem avanços e colaboração entre governos com povos indígenas e comunidades tradicionais (Foto: Leonildo Rosas)

O outro documento será  o Anúncio Balikpapan – um processo de integração jurisdicional, regional e global para dar seguimento concreto aos compromissos da Declaração do Rio Branco, feita em 2014, numa maneira concreta.

A ideia, segundos os organizadores, é sair do encontro anual com uma sinal verde aos processos de desenvolver liderança subnacional em três linhas do trabalho: cadeias produtivas e produtos da floresta, colaboração com povos indígenas e comunidades locais e  processos de financiamento para governos subnacionais.

O que é o GCF

O GCF é uma força-tarefa entre estados subnacionais estabelecida com base em um memorando de entendimentos, assinado em 2008, que fornece a base para a cooperação em inúmeros assuntos relacionados à política climática, financiamento, troca de tecnologia e pesquisa.

É formado por 35 estados e províncias do Brasil, Colômbia, Indonésia, Costa do Marfim, México, Nigéria, Peru, Espanha e Estados Unidos. Outros quatro também devem entrar no grupo durante esse encontro. O GCF também conta com parcerias de instituições nacionais, internacionais, bem como do setor privado, sociedade civil e povos indígenas para a construção de uma forte rede para o desenvolvimento de baixas emissões nas regiões de florestas tropicais do planeta.

A força-tarefa foi proposta na Califórnia, nos Estados Unidos. O Acre é um dos estados-membros fundadores. Em 2014 sediou o encontro anual, onde foi assinada a Declaração de Rio Branco, documento que estabelece um pacto entre os estados subnacionais e garante a regulação do clima. Juntos os estados-membros representam 32% das florestas tropicais do mundo, e são responsáveis por 25% das emissões de gás do efeito estufa na atmosfera.

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