O nível do Rio Acre apresentou nesta segunda-feira, 25, a marca de 1,67 metro, de acordo com as informações da Defesa Civil Estadual. No acompanhamento da série histórica, esse volume de água é o mais baixo comparado com o atual período.
Na mesma data, em 2005, o manancial tinha registrado o pior índice, que era de nível de 1,69 metro. Com este cenário típico de estiagem, o Departamento Estadual de Pavimentação e Saneamento (Depasa) intensifica o monitoramento e as ações emergência para manter o fluxo de abastecimento de Rio Branco.
“O cenário é de alerta, pois na mesma data no ano passado o Rio Acre estava com 1,96 metro. Ou seja, hoje estamos vivenciando um grave quadro de seca, mesmo com as chuvas que caem esporadicamente na região”, destaca o superintendente do Depasa na capital, Miguel Félix.
O gestor ressalva que esse fenômeno climático ainda não está sendo suficiente para deixar o nível do rio estabilizado, fato que exige uma atuação redobrada nas Estações de Tratamento de Água (ETAs).
“Continuamos com a mesma configuração de captação de água nas ETAS, com sete bombas, sendo uma na torre e as demais em balsas flutuantes. Nossos técnicos estão atuando de modo firme, com a instalação desses equipamentos, reparações de danos e reposicionamento das estruturas da rede, tudo para superar o desafio de captar água com o volume baixo do rio”, relata Félix.
A produção diária das duas ETAs está na média de 1.500 litros por segundos, medida que atende satisfatoriamente as mais de 53 mil ligações ativas. O combate ao desperdício é uma ação intensificada pela autarquia.
“Solicitamos que os consumidores continuem utilizando racionalmente a água, e qualquer situação de desperdício deve ser relatada à nossa central de atendimento, no número 0800 721 1314” informa o superintendente.
Situação de Emergência
No fim de agosto, o governador Tião Viana decretou situação de Emergência no Acre por estiagem na última semana. A publicação consta na edição do Diário Oficial do Estado do Acre (DOE) e atende as recomendações da Defesa Civil Estadual, que leva em consideração a escassez de chuvas, registrada em sua maior parte nos meses de agosto, setembro e outubro.
O documento se estende aos perímetros urbano e rural de Rio Branco, Bujari, Porto Acre e Brasileia, perfazendo um total superior a 418 mil habitantes. Nessas regiões, uma das problemáticas mais graves é o baixo nível dos poços domiciliares decorrente deste período de seca.