Incluir e comunicar. Foi assim que a primeira turma do curso de libras encerrou mais uma etapa de aprendizado. Com 20 alunos formados, o encerramento ocorreu na ultima quarta-feira, 6, na escola Heloísa Mourão Marques.
O curso é realizado pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Educação e Esporte (SEE). O objetivo é fornecer a inclusão e ampliar espaços para os surdos e interessados na comunicação por meio das libras.
Para o presidente da Associação dos Surdos do Acre (Assacre), Adriano Araújo, o curso é importante para a formação de bons profissionais para que não haja interrupção na comunicação. “Cursos como estes são necessários para fortalecer e motivar mais as pessoas, e assim, gradativamente, vamos implementando as libras no contexto social”, diz.
Atuando na docência há 25 anos, a professora Dilayne Marinho afirma que a libras surge para os alunos como uma curiosidade. Por meio da secretaria é possível receber a todos, e isso inclui as pessoas que utilizam libras e as que não utilizam, já que o curso proporciona esse universo maior da comunicação.
“O ensinamento das libras no Acre surge em 2003. Estamos ganhando espaço agora, estamos incluindo e abrindo espaços para esses diálogos”, salienta.
Os formandos estão aptos e qualificados para exercer a comunicação informal ou sociossignificativa com os surdos. Chaila Delgado, 30 anos, professora de biologia, é uma delas. O interesse pelo curso surgiu como uma complementação ao seu trabalho. “Libras futuramente será uma matéria pedagógica, e pensando nisso eu recorri a essa qualificação para promover a inclusão”, conta.
E não para por aí! O interesse também por uma pós-graduação e especializações na área já é um plano da educadora. Apesar das metas, ela garante que o percurso não é nada fácil. “Nós, que vemos de fora, temos a impressão de que é algo fácil. Articular e gesticular os dedos não é tão simples assim, têm movimentos que você não consegue”, reitera.
Ednilza Rocha, coordenadora do setor de Humanização da SEE, explica que o intuito da formação foi fortalecer o ambiente de atendimento educacional. “O nosso lema é servir bem, e servir bem significa estarmos preparados para receber bem as pessoas que transitam por nós diariamente”, conta.