A cúpula de Segurança Pública do Acre se reuniu na manhã deste domingo, 6, para redefinir a estratégia de enfrentamento à criminalidade, em Rio Branco e interior do Estado. Os gestores aproveitaram para fazer um balanço das ações policiais realizadas na noite de sábado, 5 e madrugada de domingo.
Dezesseis pessoas foram presas por suspeitas de envolvimento em organização criminosas, que promoveram ataques contra a sociedade, com dez focos de incêndio em todo, sendo três no interior e sete em Rio Branco, dos quais cinco contra ônibus.
Com os criminosos, a polícia apreendeu vários celulares utilizados para comunicação entre os membros da organização, garrafas com gasolina e entorpecentes.
Outros autores dos ataques contra os ônibus de transporte coletivo de Rio Branco podem ser presos a qualquer momento. Os ataques, segundo as investigações, são em represália ao bloqueio de sinais telefônicos no Complexo Penitenciário Francisco D’Oliveira Conde.
“Nós não vamos permitir o contato dessas pessoas com o mundo externo. Estamos trabalhando com toda intensidade e não vamos recuar diante da imposição dessas pessoas que querem que a gente desligue o bloqueador de celular, muito pelo contrário, vamos fortalecer cada vez mais e, no futuro, alcançaremos outros presídios do Estado”, disse o secretário Emylson Farias.
Farias também destacou o apoio do Exército, que está nas ruas em pontos específicos da faixa de fronteira, conforme prevê a legislação brasileira. Ele ressaltou também que as pessoas envolvidas nos ataques, que ainda não foram presas, já estão identificadas e as polícias Civil e Militar seguem com um reforço no efetivo para garantir a segurança e retirar de circulação aqueles que atentam contra a sociedade.
“A Policia Civil também está nas ruas, todo efetivo mobilizado para, juntamente com a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros, dar respostas rápidas a todo e qualquer ataque contra a população acreana. Importante destacar que treze pessoas já foram presas só aqui na capital, outras três em Feijó, inclusive menores, e nas próximas horas teremos mais prisões”, completou o secretário de Policia Civil, Carlos Flavio Portela.
Segurança reforçada também na penitenciária
De acordo com diretor-presidente do Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), Martin Hessel, ao longo dos meses o Iapen trabalhou de forma intensa no controle da comunicação de apenados, via celular, no presídio e isso tem incomodado a população carcerária.
“Internamente reforçamos o efetivo, visando o controle maior dentro dos presídios do Estado. O Sisp [Sistema Integrado de Segurança Pública] tem trabalho diuturnamente, na defesa da paz social e dessa vez não está sendo diferente”, concluiu Hessel.