Os dias a bordo da embarcação, navegando desde a ponte sobre o Rio Purus, em Manoel Urbano, até Santa Rosa do Purus, se tornam viagem pela cultura ribeirinha dessa parte da Amazônia.
Inúmeras comunidades convivem dia a dia com as águas marrons do Purus e com as matas ainda preservadas nas margens.
Índios, ex-seringueiros, agricultores e pequenos criadores de gado povoam mais de 370 quilômetros, mostrando que o Brasil é muito além de ruas e prédios.
Com uma beleza singular, as comunidades da floresta vão se apresentando, no território de Santa Rosa e Manoel Urbano existem inúmeras comunidades Huni Kuin, Yaminawa e Madiha.
No topo dos barrancos as casas cobertas de palha abrigam o cotidiano que segue seu curso. Por todas as aldeias e comunidades é possível ver plantações de banana, urucum para pintura, txais (irmão em Huni Kui) plantando amendoim ou pescando o bodó (peixe cascudo) e garantindo o almoço e a janta com mandioca.