Chegamos ao último ponto de parada da equipe do Iteracre: Feijó, a 360 quilômetros da capital Rio Branco. Foram dias intensos de trabalho para os servidores do Instituto de Terras do Acre. Conversas com lideranças comunitárias, visitas à prefeitura, mobilização dos moradores, inclusive com idas de casa em casa.
“Nós vamos dar continuidade a essa parceria com o Iteracre para contemplar outros bairros em nosso município. Quero parabenizar o governo e toda equipe que vem fortalecendo essas ideias e o andamento das atividades de regularização”, disse Cláudio Braga, vice-prefeito de Feijó.
Mas para estar em vários lugares ao mesmo tempo, os técnicos contam com um grande auxílio. Nas cidades do interior as rádios têm papel fundamental.
“As rádios foram nosso maior instrumento de comunicação. Você imagina que cada morador vai deixar de gastar 12 mil reais para regularizar sua área. Nós estamos entregando os títulos gratuitamente”, afirmou Nil Figueiredo, diretor-presidente do Iteracre.
Entrega dos títulos
Mais de 700 pessoas, homens e mulheres das mais diferentes idades foram contemplados pela política pública de regularização fundiária implantada no Acre.
Gideão Damásio, um dos mais novos do grupo, já tinha procurado o cartório e a prefeitura para solicitar o título, mas esbarrou na burocracia e nas altas taxas. O diarista, que mora no bairro Conquista, recebeu o documento de graça.
“Eu até fui atrás do documento, mas é bastante caro e nem todos têm condições. Estou muito agradecido ao governo e equipe do Iteracre. Estamos alegres em poder receber os títulos de nossas terras”, disse Damásio.
Manoel Gonçalves é comerciante e há cerca de três anos resolveu comprar outro imóvel. Em um deles funciona o comércio, no outro ele mora com a família.
A ideia é buscar uma linha de crédito junto ao banco e terminar a construção iniciada há pouco tempo.
“A gente tem uma casa, mas eu comecei a fazer outra e o dinheiro acabou. Fazendo o financiamento fica bem melhor. Era isso que eu esperava e graças a Deus o título chegou”, declarou Manoel.
Gratidão
E na hora da cerimônia quem não escondeu a alegria foi Maria Aldenora. A dona de casa de 68 anos esperou muito tempo pelo documento de propriedade. Agora o medo de perder o imóvel não existe mais.
“Agora eu vou fazer muita coisa. É uma segurança, eu sei que a casa é minha. Estou muito feliz”, afirmou Aldenora.
E foi na quadra da escola Severino Cordeiro que o sonho de muitos moradores de Feijó, de ter em mãos os títulos definitivos de suas propriedades, se realizou. Chamados um a um, eles receberam os documentos das mãos dos técnicos do Iteracre.
“Isso quer dizer que essas famílias passam a ter o direito de propriedade. Terão como ir a um banco, apresentar hipoteca, fazer um empréstimo, dar uma garantia. Se cada uma dessas famílias pegar dez mil reais para melhorar sua casa, nós estamos falando de um investimento de sete milhões de reais para aquecer a economia de Feijó”, disse Tião Viana, governador do Acre.
E assim a equipe do Iteracre cumpriu mais uma missão pelo interior do estado, mas o governo continua trabalhando para beneficiar mais famílias com a política de regularização fundiária. A meta é chegar aos 60 mil títulos até o fim de 2018.
