Polo Logístico: investimentos privados superam os investimentos públicos

O governo do Estado investiu, na primeira fase do Polo Logístico de Rio Branco, R$ 12,3 milhões. Em contrapartida, o setor privado deve investir, nos próximos meses, na construção de seus espaços, quase R$ 100 milhões.

A construção de um polo para reunir em um único endereço todas distribuidoras e transportadoras era um sonho antigo da categoria, que, na visão da presidente do Sindicato das Transportadoras do Acre, Nazaré Cunha, concretizou-se esta semana, quando o governador Tião Viana e o secretário Edvaldo Magalhães entregaram as primeiras 17 escrituras de concessão de área.

Empresários que irão se instalar no Polo Logístico recebem escrituras de concessão dos terrenos (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Empresários que irão se instalar no Polo Logístico recebem escrituras de concessão dos terrenos (Foto: Sérgio Vale/Secom)

“Agora, sim, podemos dizer que nosso sonho se tornou realidade. Por cerca de 10 anos sonhamos com a construção desse polo, para poder expandir nossos negócios e gerar emprego no nosso estado”, comentou Nazaré.

O Polo Logístico deve gerar de imediato cerca de 500 novos empregos diretos, dados baseados nos planos de negócios apresentados pelos empresários. Mas, segundo Pedro Neves, presidente da Associação dos Distribuidores e Atacadistas do Acre, os números de empregos indiretos também devem aumentar consideravelmente.

“Com a mudança para o polo, todas as empresas irão crescer muito, teremos mais espaço físico, consequentemente, mais volumes de negócios e mais clientes. Naturalmente, o número de empregos diretos e indiretos vai subir bastante. Diria que os indiretos devem chegar a 50% a mais”, afirmou Neves.

Para o secretário de Desenvolvimento, Edvaldo Magalhães, uma obra como essa muda de maneira significativa a vida das pessoas. “O Polo Logístico é uma obra que beneficiará diretamente o povo acreano, que terá mais oportunidades de empregos e mais qualidade de vida, já que perderá menos tempo no trânsito – carretas não circularão mais dentro da cidade – e aumentará a receita do estado”, declarou.

{xtypo_quote_left}Acreditamos que é fomentando o setor que vamos atrair mais investimentos para o estado e os empresários acreanos estão acreditando e apostando nesse novo negócio.

Edvaldo Magalhães{/xtypo_quote_left}

Oportunidades e vantagens que são aproveitadas pelo empresariado local. O empresário Marcello Moura, filho do saudoso Roberto Moura, adquiriu uma concessão no polo e deve investir cerca de R$ 17 milhões.

“Esse era um sonho do meu pai, que estamos tocando em frente, e nesse primeiro momento vamos levar três de nossas empresas para o polo, sendo dois atacados generalistas e uma distribuidora de bebidas. Mas, na segunda fase do projeto, iremos entrar com um novo plano de negócios para adquirir uma nova área, onde queremos reunir, em um único lugar, todo o grupo Recol”, declarou Marcello.

Além da área com todas as infraestruturas possíveis, o governo entrega ao empresário a escritura de concessão do terreno – esse documento poderá ser utilizado, como garantia, para adquirir financiamento junto ao Banco da Amazônia (Basa).

Nessa primeira fase do polo, que será ocupado por 17 empresas, o investimento, que juntas fizeram, foi de R$ 99,9 milhões na construção de suas estruturas, sendo que R$ 22,1 milhões são investimentos próprios e R$ 77,8 milhões, financiado pelo Basa.

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