Complexo de piscicultura tem 70% da obra concluída

Jaime Brum acompanha de perto o andamento das obras (Foto: Diego Gurgel/Secom)

Jaime Brum acompanha de perto o andamento das obras (Foto: Diego Gurgel/Secom)

O Complexo Industrial de Piscicultura do Acre é composto por três unidades: Centro Tecnológico de Produção de Alevinagem, Fábrica de Ração e Frigorífico. As obras e instalação dos tanques e equipamentos do Centro de Alevinagem foram concluídas. Três espécies de peixes da região serão reproduzidas aqui: tambaqui, surubim e pirarucu.

A fêmea do surubim, por exemplo, produz quatro milhões de ovos. Desses, 500 a 800 mil devem se tornar alevinos. Desde a desova, fecundação e fase de larva, ficam uma semana nos tanques internos. Passado esse período, já são considerados alevinos. Eles são colhidos com o tamanho médio de 8 centímetros, levados para outros tanques, e com mais 20 dias já estão prontos para a comercialização. O processo é todo automatizado e, com o tambaqui, a reprodução é similar. Já a reprodução do pirarucu é espontânea, ou seja, o casal é separado em tanques e espera-se o período normal em que o peixe se reproduziria. As operações no Centro de Alevinagem devem começar no mês de dezembro.

Fábrica de Ração para pirarucu será uma das mais modernas do país (Foto: Diego Gurgel/Secom)

Fábrica de Ração para pirarucu será uma das mais modernas do país (Foto: Diego Gurgel/Secom)

A outra unidade que compõe o complexo, a Fábrica de Ração, que será totalmente computadorizada, também está concluída. Apenas dois técnicos serão necessários para operar os equipamentos dessa instalação, que será uma das mais modernas do país. O maquinário mais moderno veio da Europa e já está instalado. O diferencial dessa fábrica é que a ração será mais fina que as demais, com altos níveis de proteína e gordura. Quando estiver operando, terá capacidade para produzir 140 toneladas por dia. Para a conclusão da obra só falta terminar a montagem de equipamentos menores e a parte elétrica e automação. A produção já deve começar no início de 2014.

O serralheiro Reinaldo Bras de Amorim é dos 150 operários que trabalham para conclusão do Complexo de Piscicultura (Foto: Diego Gurgel/Secom)

O serralheiro Reinaldo Brás de Amorim é dos 150 operários que trabalham para conclusão do Complexo de Piscicultura (Foto: Diego Gurgel/Secom)

O frigorífico foi dimensionado para processar 20 mil toneladas de pescado por ano, o que equivale a 70 mil quilos por dia. Agora a fase é de finalização do prédio. Cinco construtoras foram contratadas e empregam cerca de 150 operários. É o caso de Reinaldo Brás de Amorim. Morador e contratado de uma empresa de Cruzeiro do Sul, está trabalhando no complexo há dois meses. “As tesouras foram feitas em Cruzeiro, trazidas para cá em quatro pedaços, e aqui foram emendadas para poder subir”, explica o serralheiro, que no dia 20 de dezembro termina seu trabalho e deve voltar para casa. Essa é a última unidade que vai entrar em operação.

“Está prevista para o final de março. Eu diria que, pelo menos, 70% da parte civil está concluída e boa parte dos equipamentos que foram adquiridos está chegando, mas leva seu tempo para a montagem”, finaliza Jaime Brum, empresário responsável pela implantação do projeto no Acre.

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