A oitava edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul será realizada em Rio Branco de 9 a 14 de dezembro, com sessões às 13, 15, 17 e 19 horas, na Filmoteca da Biblioteca Pública. Na abertura, segunda-feira, 9, às 18 horas, será exibido o longa “Uma história de amor e fúria”, de Luiz Bolognesi, e o curta “A onda traz, o vento leva”, de Gabriel Mascaro.
São 38 filmes no formato digital. Realizada pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, em parceria com o Ministério da Cultura, toda a mostra circula pelas 27 capitais brasileiras e interior do país, alcançando mais de 600 pontos de exibição. Serão seis dias de programação aberta ao público.
O projeto tem o apoio do governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado e Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) e Fundação Elias Mansour (FEM). A produção é da Universidade Federal Fluminense (UFF), por meio do Departamento de Cinema e Vídeo, com apoio da OEI, Unic-RIO, CTAv, EBC e patrocínio da Petrobras e BNDES.
“Uma mostra de cinema e direitos humanos traz a possibilidade de pensarmos e praticarmos o que são os direitos universais das mulheres e homens do planeta. O cinema traz as perguntas e práticas para o cotidiano, para as narrativas e histórias de vida que frequentemente seguem à margem das grandes mídias ou das narrativas dominantes”, reitera o professor Cezar Miglioni, coordenador da oitava edição.
Com o tema “Poética e Cidadania Sobre Película”, o projeto traz as categorias: mostra competitiva de longas, médias e curtas, em que as plateias elegem os melhores filmes por meio de votação, mostra-homenagem a Vladimir Carvalho e mostra cinema indígena.
Longas, médias e curtas – A curadoria da mostra competitiva, formada pelo cineasta Francisco Cesar Filho e estudantes da UFF, escolheu 24 filmes dos 150 inscritos de diferentes países da América do Sul. São 13 longas, sete médias e quatro curtas. Os filmes narram diversos temas sobre os Direitos Humanos: inclusão das pessoas com deficiência, diversidade sexual, direito à memória e à verdade, população de rua, preconceito racial e direito ao trabalho digno, entre outros.
Vladimir Carvalho é o cineasta homenageado
O cineasta Vladimir Carvalho fez do cinema uma forma de pensar e intervir no mundo. Nascido em Itabaiana, na Paraíba, e radicado em Brasília, nos últimos 50 anos, dirigiu filmes com uma narrativa sobre os destinos do país e de seu povo. Como poucos, Vladimir fez do documentário um ato político e frequentemente poético. Cinco de seus mais de 20 filmes serão exibidos: “Conterrâneos velhos de guerra” (1991); “Brasília segundo Feldman” (1979); “O país de São Saruê” (1971); “Barra 68 – sem perder a ternura” (2001) e “O evangelho segundo Teotônio” (1984).
Mostra cinema indígena
A produção dos cineastas indígenas cresceu no país nos últimos anos, marcada por abordagens estéticas e políticas. O cinema desses realizadores contribui para o fortalecimento das lutas pelos direitos humanos dos indígenas. Os quatro filmes escolhidos marcam a renovação de sua luta política com o domínio da tecnologia por diversas etnias.
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PROGRAMAÇÃO
Rio Branco (AC) de 9 a 14 de dezembro
Filmoteca Acreana
Av. Getúlio Vargas, 389 – Centro
(68) 3223-1210
9 de Dezembro
18h ABERTURA
A onda traz, o vento leva (28′) – Uma história de amor e fúria (75′)
10 de Dezembro
13h – Caixa d´água: Qui-lombo é esse? (25′) – Doméstica (75′)
15h – Brasília segundo Feldman (22′) – O país de São Saruê (80′)
17h – As hipermulheres (80′)
19h – Transformer AK-47s into gruitars (5′) – Colombia: Wayuu “Gold” (9′) – Argentina: Dreaming of a clean river (6′) – Los descendientes del jaguar (29′) – Paredes invisíveis: Hanseníase região Norte (37′)
11 de Dezembro
13h – Codinome Beija-Flor (16′) – Repare bem (95′)
15h – O prisioneiro (24′) – Ilegal.co (70′)
17h – Kene Yuxi, as voltas do Kene (48′)
19h – Conterrâneos velhos de guerra (153′)
12 de Dezembro
13h – Barra 68 – Sem perder a ternura (82′)
15h – Maio, nosso maio (12′) – Insurgentes (83′)
17h – Carga viva (18′) – A cidade é uma só (73′)
19h – Bicicletas de Nhanderu (48′) – PI’ÕNHITSI – Mulheres xavantes sem nome (54′)
13 de Dezembro
13h – Malunguinho (15′) – Paralelo 10 (87′)
15h – Silêncio (12′) – Sibila (95′)
17h – Leve-me pra sair (19′) – Kátia (74′)
19h – Quando a casa é a rua (35′) – Em busca de um lugar comum (80′)
14 de Dezembro
13h – Caíto (70′)
15h – Os dias com ele (107′)
17h – O evangelho segundo Teotônio (85′)
19h – Acalanto (23′) – As Iracemas (84′)
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