Socioeducandas apresentam a 2ª Feira de Conhecimento “Contando Histórias”

Socioeducandas buscam recuperar o conhecimento escolar dentro da unidade (Foto: Brenna Amâncio/ISE)

Socioeducandas buscam recuperar o conhecimento escolar dentro da unidade (Foto: Brenna Amâncio/ISE)

As adolescentes do Centro Socioeducativo Mocinha Magalhães, unidade feminina de Rio Branco, realizaram nesta quinta-feira, 21, a 2ª Feira de Conhecimentos, com o tema “Contando Histórias”. As duas semanas de preparação que antecederam o evento se transformaram em um show de apresentação das jovens em conflito com a lei.

Lendas, mitos, histórias em quadrinhos, curiosidades sobre o rap, reciclagem e confecções de origamis foram os destaques na atividade pedagógica, que também contou com a participação dos adolescentes do Centro Socioeducativo Aquiry.

O dia foi esperado com grande expectativa pela a socioeducanda Marcela (nome fictício), 16, que se inspira nos estudos aplicados na unidade para alcançar o sonho de ser médica. “Quero muito fazer medicina e ajudar as pessoas. Lembro que não tinha essa vontade antes, mas com o apoio dos professores aqui, fica difícil não criar planos de um futuro brilhante. Aguardei a Feira de Conhecimentos ansiosamente, porque sei que ela deixa mais próximo do que almejo”, revela.

A coordenadora pedagógica do Centro, Zenaide Menezes, explica que todos os assuntos desenvolvidos no evento foram estudados antes na sala de aula. “Temas sobre o meio ambiente, história da música e da nossa cultura foram debatidos em um exercício teórico. Depois também executamos a parte prática com elas, como a produção de sabão por meio da reciclagem do óleo e a confecção dos materiais apresentados aqui. Também focamos a produção textual, devido à dificuldade delas nessa área”, afirma.

Atividade foi elaborada durante duas semanas (Foto: Brenna Amâncio/ISE)

Atividade foi elaborada durante duas semanas (Foto: Brenna Amâncio/ISE)

De acordo com a diretora da unidade, Mayra Souza, a primeira mudança percebida no local após a implantação de atividades pedagógicas semelhantes está relacionada ao comportamento. “Elas se tornam mais participativas e acabam contribuindo melhor com a nossa metodologia de trabalho. A preocupação de toda a equipe se resume em dar oportunidade às adolescentes para minimizar os riscos de problemas”, declara.

Segundo o presidente do Instituto Socioeducativo (ISE), Henrique Corinto, o trabalho de escolarização é um dos principais pilares do sistema. “Elas precisam acreditar que são capazes. Eventos como esse já apontam uma mudança positiva, e nós ficamos felizes. A equipe e o governo do Estado zelam por um Acre mais seguro, e socioeducar jovens em conflito com a lei é um passo importante, que não deve ser descartado”, finaliza.

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