“Maio Amarelo – Minha escolha faz a diferença”. Com este tema, foi lançado na manhã desta terça-feira, 2, no teatro da Universidade Federal do Acre, em Rio Branco, o Movimento Maio Amarelo, que nasce com uma só proposta: chamar a atenção da sociedade para o alto índice de mortes e feridos no trânsito em todo o mundo.
O movimento é uma ação coordenada entre o poder público e a sociedade civil. A intenção é colocar em pauta o tema segurança viária e mobilizar toda a sociedade para discutir o tema, engajar-se em ações e propagar o conhecimento, abordando toda a amplitude que a questão do trânsito exige, nas mais diferentes esferas.
Para a vice-governadora Nazareth Araújo, o Maio Amarelo representa um movimento pela vida. “A intenção é sensibilizar a população sobre a necessidade da adoção de comportamentos seguros no trânsito, dando ênfase às consequências da associação de bebida alcoólica e direção. A gente precisa se unir por essa consciência. O trânsito facilita, mas muitas vezes ele pode agredir a vida”, frisou.
O diretor-geral do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), Pedro Longo, destaca a importância do envolvimento de todos: juventude, condutores e pedestres. “Os estudantes são os nossos futuros condutores. Eles estão mais abertos, mais suscetíveis a essas mudanças culturais. Num futuro breve eles é que vão estar com sua conduta fazendo a diferença no nosso trânsito”, alertou.
Quarta edição
Em sua quarta edição, a proposta é acompanhar o sucesso de outros movimentos, como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, que, respectivamente, tratam dos temas de câncer de mama e próstata.
O Maio Amarelo vai estimular a promoção de atividades voltadas à conscientização, ao amplo debate das responsabilidades e à avaliação de riscos sobre o comportamento de cada cidadão, dentro de seus deslocamentos diários no trânsito.
Nesta edição, o Acre concentrará atenção especial aos direitos dos personagens vulneráveis do trânsito: deficientes físicos, idosos e pedestres de modo geral.
Para Socorro Neri, prefeita em exercício de Rio Branco, o movimento é muito importante para chamar a atenção e conscientizar sobre a segurança no trânsito e colocar essas questões em pauta. “Este é um momento para refletirmos nas ações que resultem num trânsito mais seguro e mais responsável. Estas são políticas públicas que ajudam a salvar vidas”, disse.
Durante as ações, serão feitas abordagens a condutores e pedestres para falar sobre a importância do autocuidado quando do uso das vias de trânsito e distribuição de material educativo, assim como fiscalização em bares e blitz educativa noturna nas sextas-feiras e sábados.
Década de Ações para a Segurança no Trânsito
A Assembleia Geral das Nações Unidas editou, em março de 2010, uma resolução definindo o período de 2011 a 2020 como a “Década de Ações para a Segurança no Trânsito”.
O documento foi elaborado com base em um estudo da OMS (Organização Mundial da Saúde) que contabilizou, em 2009, cerca de 1,3 milhão de mortes por acidente de trânsito em 178 países. Aproximadamente 50 milhões de pessoas sobreviveram com sequelas.
São três mil vidas perdidas por dia nas estradas e ruas ou a nona maior causa de mortes no mundo. Os acidentes de trânsito são o primeiro responsável por mortes na faixa de 15 a 29 anos de idade, o segundo na faixa de 5 a 14 anos e o terceiro de 30 a 44 anos.
O Brasil aparece em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito, precedido por Índia, China, EUA e Rússia e seguido por Irã, México, Indonésia, África do Sul e Egito. Juntas, essas dez nações são responsáveis por 62% das mortes por acidente no trânsito.