Em breve o governo do Acre vai inaugurar 100% das obras do Complexo Industrial de Piscicultura, um investimento nunca antes feito no Acre e que se tornou modelo para o Brasil.
Referência em gestão e em sustentabilidade, o Complexo de Piscicultura do Acre oferece impacto praticamente zero ao meio ambiente. As três indústrias que compõem o complexo são: Centro de Produção de Alevinos, fábrica de ração e frigorífico, que irão trabalhar de forma integrada, onde insumos produzidos por uma serão usados pela outra.
Segundo Jaime Brum, assessor da Peixes da Amazônia, empresa pública, privada e comunitária que constrói e irá administrar o Complexo, tudo foi pensado e construído atendendo às legislações ambientais brasileiras. Segundo ele, todo o resíduo produzido será reutilizado. “No Centro de Produção de Alevinos não há resíduos, o grande insumo que se trabalha é água, pouco de fertilizantes, rações e peixes vivos”, comentou.
Brum também esclareceu que o frigorífico será o que mais produzirá resíduo, mas tudo será 100% utilizado na fábrica de ração, que por sua vez não produz nenhum resto, tudo que entrar no local será transformado em ração.
“No frigorífico haverá um volume grande de resíduos. Receberá peixes inteiros, que serão processados. Vão sobrar vísceras, cabeças, escamas, mas tudo isso será utilizado pela fábrica, que vai transformar tudo em ração”, completou.
Quanto à agua utilizada no Complexo, Brum complementa, afirmando que será totalmente filtrada, decantada, tratada com efluentes, e levada novamente ao rio, sem nenhum risco ao meio ambiente.
Noutro momento do processo de tratamento da água serão usados peixes vivos das espécies Tamuatá e Tambaqui. Na parte da frente do Complexo, ao lado da administração, terá lagoas de tratamento de efluentes, em que esses peixes serão usados, técnica já utilizada por empresas do mundo inteiro.
“O processo da Peixes da Amazônia para tratar os seus efluentes vai ser tão moderno e limpo, sem odores, que é algo para ser mostrado e não para ser escondido, por isso vai estar ao lado da administração, na entrada do Complexo”, frisou Brum.
O secretário de Indústria e Comércio, Edvaldo Magalhães, entusiasta do projeto, afirma que desde a sua concepção, as questões ambientais sempre foram tratadas com prioridade.
“Um dos objetivos do governador Tião Viana com o Complexo de Piscicultura é também a exportação, e hoje em dia, nenhuma empresa alcança os mercados europeu, asiático se não tiver em dia com as questões ambientais. Atendemos todas as exigências dos mercados modernos, e depois de um ano de funcionamento já teremos a certificação ambiental”, afirmou Magalhães.