Visando a promoção, proteção e recuperação da saúde de jovens e adolescentes, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde (Sesacre), realiza, em todos os municípios, um encontro para implantar a Caderneta do Jovem e Adolescente e também auxiliar as secretarias municipais na criação do plano de ação para execução de políticas públicas para esta população. Durante toda a quarta-feira, 2, a capacitação foi realizada pela Área Técnica de Saúde de Adolescentes e Jovens da Sesacre em Porto Acre.
Participaram do encontro, técnicos em saúde, educação, assistentes sociais e representantes da sociedade civil organizada, que, juntos, realizaram um amplo debate para estabelecer um compromisso com o Ministério da Saúde (MS) e com o Estatuto da Criança e Adolescente (ECA) para responder às necessidades de saúde e os anseios da adolescência.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/2013), de toda a população do Acre (776.463 habitantes), mais de 50% são de pessoas menores de 24 anos de idade. Com isso, a Sesacre está investindo em políticas públicas de atenção integral à saúde do jovem e adolescente.
De acordo com gerente da Área Técnica de Saúde de Adolescentes e Jovens da Sesacre, Maria Luiza Escudeiro, foram feitas mais de 20 oficinas de implantação da caderneta, que permite a identificação dos problemas a serem enfrentados no cotidiano da comunidade.
“Com o envolvimento de todas as políticas públicas que estão em atividades no município, a sociedade necessita conhecer a Caderneta do Jovem e Adolescente que visa criar estratégias para um trabalho integrado, ou seja, saúde, educação e segurança pública juntas, por exemplo, para garantir um cuidado integral com essa população”, explicou Maria Luiza.
Maria Luiza diz que essa ferramenta funciona como um guia de orientação para os profissionais de saúde no atendimento ao adolescente. “Com a população bem informada, é possível reduzir a incidência de doenças, aprimorar a vigilância à saúde e contribuir, assim, para a melhoria da qualidade de vida”, ressaltou.
Outro fator importante é a criação do plano de ações para execução das políticas destinadas a essa faixa etária. Durante o encontro, os técnicos e representantes de diversos segmentos de Porto Acre, expuseram problemas e dificuldades em que a população de jovens vem enfrentando na região. A partir disso, foi iniciado um plano de estratégias para minimizar indicadores negativos, tais como: gravidez na adolescência, doenças sexualmente transmissíveis e envolvimento com drogas, por exemplo.
Para a diretora de Ação e Assistência Social de Porto Acre, Marilene Colombo, essa discussão é bastante produtiva, pois possibilita um acompanhamento dos adolescentes. “Estamos garantindo para que no futuro tenhamos um município com cidadãos saudáveis, prevenindo esses jovens de terem sua adolescência interrompida com drogas ou gravidez indesejada e auxiliando na construção de uma expectativa de vida com estudos, cursos e trabalho”, enfatizou.
O agente comunitário de saúde, Abib Caetano, que trabalha diretamente coma as famílias e se depara com diversos casos todos os dias, relatou que adquiriu mais conhecimento com a capacitação em Porto Acre e que vai repassar as orientações para os demais colegas de profissão. “Essa é uma maneira de exercer a saúde preventiva, buscando orientar a população a tomar certos cuidados com a saúde”, explicou.
Conheça a caderneta do Jovem e Adolescente
O Ministério da Saúde, por meio da Área Técnica de Saúde de Adolescentes e Jovens da Sesacre, construiu dois guias para o atendimento ao adolescente nas unidades de saúde, visando à garantia da avaliação dos seus principais aspectos, como crescimento e desenvolvimento puberal (fases da adolescência).
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Ações da Área Técnica da Saúde do Adolescente e do Jovem da Sesacre:
Implementação das Diretrizes Nacionais para a Atenção Integral à Saúde de Adolescentes e Jovens na promoção, proteção e recuperação da saúde;
Implementação da Caderneta da Saúde do(a) Adolescente;
Implementação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde de Adolescentes em conflito com a lei, em regime de internação provisória.
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