O projeto baiano de dança e performance urbana Macaco Nu inicia sua segunda etapa na cidade de Rio Branco com apresentação na quinta-feira, 3, na Praça da Revolução, às 16 horas. A performance terá como convidadas Maria Thaynã e Amanda Graciele, artistas locais. Elas participaram da oficina realizada pelo grupo na Usina de Arte João Donato entre os dias 24 a 26 de setembro.
“Identificamos e elegemos, de forma atualizada e recontextualizada com a atual cidade, quais dispositivos de interatividade podemos reorganizar que, através da dança no espaço público urbano, gerem reflexões e sensibilizações acerca da realidade sócio cultural e econômica brasileira e global”, explica a dançarina Mab Cardoso.
Macaco Nu
O grupo mobiliza encontros e trocas de experiências artísticas, culturais, históricas e sociais nas cidades em que ele transita como meios fundamentais para a permanente criação. O projeto foi contemplado com o Prêmio Artes Cênicas na Rua da Funarte.
Desde agosto de 2013, as dançarinas Mab Cardoso e Milianie Lage Matos viajam em imersão criativa iniciando o processo na Alemanha onde participaram do Curso Intensivo de Verão com a japonesa Minako Seki, no Castelo de Lohra-Gebra. Toda a metodologia utilizada pelo grupo para criação da obra é originada a partir do contato das artistas com o Método Seki, dentre elas meditação, improvisação e princípios da Dança Butoh.
“Nosso trabalho é uma arte manifesto, um ativismo poético, plausível de ser um fato social, em que entendemos a dança performance urbana como tecnologia micropolítica impulsionadora de mudanças significativas que geram sentimentos e sensações mútuas, deslocando os participantes fruidores dos seus espaços reconhecíveis a outros ambientes com outras identificações”, disse Milianie Lage Matos.
O projeto conta com o apoio do governo do Estado, por meio da Usina de Arte da Fundação Elias Mansour (FEM).