Síndrome de Down: a luta contra o preconceito

Pedro Lucas,10 anos, tem uma rotina puxada com várias atividades ao londo do dia (foto: Júnior Aguiar)

A Síndrome de Down é um distúrbio genético que ocorre em consequência da presença de cópia extra do cromossomo 21. No Brasil, estima-se que a cada 800 crianças nascidas, uma tem a síndrome. O distúrbio genético tem mais possibilidades de acontecer entre mulheres que engravidam em idade acima de 35 anos.

Os portadores da síndrome sofrem limitações tanto físicas quanto intelectuais, problemas cardíacos, auditivos, visão diminuída, distúrbios na tireoide, envelhecimento precoce e maior risco de obesidade.

No Acre, o estado tem uma parceria com a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) que tem matriculados 32 alunos com Síndrome de Down com idade entre cinco e 50 anos. No local, são oferecidas atividades diárias, com atendimentos realizados por pedagogos, assistentes sociais, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais.

Segundo Helena Noronha, pedagoga da Apae,  a maior luta é contra o preconceito, já que as limitações não impedem os portadores da síndrome de terem um vida normal.

“Temos alunos que estão no mercado de trabalho e estão completamente inseridos na sociedade. O desafio é combater o preconceito que, infelizmente, ainda existe na sociedade”, afirma.

Como forma de combater o preconceito, na manhã desta terça-feira, 21, data que é celebrado o Dia Internacional da Síndrome de Down, a Apae realizou uma atividade de conscientização com alunos e funcionários da Escola Frei Heitor, localizada na Cidade do Povo.

“Ser mãe de um excepcional é um exercício diário de amor”

Mãe fala do orgulho de Pedro Lucas (Foto: cedida)

A servidora pública Edenilse Dantas, 47 anos, sabe muito bem o que é sofrer preconceito e lutar para superar as barreiras impostas pela Síndrome de Down. Ela é mãe de Pedro Lucas, 10 anos, portador da síndrome, e conta que é uma experiência enriquecedora cuidar do filho especial.

“Cuidar do Pedro Lucas é uma estrada diferente que se abriu em minha vida para me tornar ainda mais humana. O primeiro desafio é com a gente mesmo. A criança precisa sentir que é amada e que tem alguém que acredita no seu potencial. Posso definir a rotina com meu filho como um exercício diário de amor, paciência, generosidade e esperança”, afirma Edenilse.

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