O aumento na criminalidade já encontrou resposta no Sistema de Segurança do Estado. Novas estratégias já começaram a ser implementadas e operações para intensificar a presença da polícia passarão a ser diárias. Na última sexta-feira, 20, um patrulhamento integrado percorreu a terceira e a quinta regional e abordou mais de 200 pessoas, além de fechar três bares que funcionavam além do horário permitido. Nesta semana o governo do Estado vai apresentar um plano integrado com a parceria do Ministério Público e Poder Judiciário.
A partir desta semana quatro guarnições da Polícia Militar, além das equipes de Giro de todos os batalhões, estarão nas ruas, principalmente nos pontos e horários de maior incidência de violência, conforme o mapeamento feito pelo sistema de segurança, segundo o coronel José Reis Anastácio, comandante da PM.
“Mas, mesmo com a operação no final de semana e o esforço das polícias quatro homicídios foram registrados em Rio Branco. Em todos a polícia estava em locais próximos e não demorou a chegar ao ser acionada. Mas os crimes foram de execução e acerto de contas, nossa atuação, nestes casos acaba sendo limitada. O Estado tem uma preocupação com a segurança pública, não só na capital, mas em todos os municípios”, disse o coronel Anastácio.
Além do patrulhamento integrado, que envolve as polícias civil e militar, o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), Furepol, Companhia de Trânsito Municipal (Ciatran, outras ações já foram planejadas. Em breve serão instaladas câmeras de segurança em Rio Branco e uma base móvel vai dar suporte aos trabalhos nos bairros. A criação de uma força integrada também é uma estratégia. A força será composta também pelo Poder Judiciário e Ministério Público e ela vai atuar com mais intensidade nos locais onde a incidência de criminalidade é maior com o objetivo de fazer uma “saturação”, conforme explicou Emylson Farias, secretário de Polícia Civil no Acre.
“Essa força integrada vai mediar conflitos, resgatar a sensação de segurança, verificar e cumprir mandados em aberto, além de identificar pessoas reincidentes. As polícias prenderam mais de 2,5 mil pessoas até agora e isso é uma prova de que as polícias estão trabalhando e que a segurança pública não é só uma questão de polícia. Dizer que apenas a operação, apenas uma ação vai resolver o problema não é possível, pois não vai. Isso não é suficiente para reduzir os índices de criminalidade. Nós estamos traçando novas estratégias”, disse Emylson.
O secretário de Segurança, Ildo Renir Graebner, afirmou que todas as medidas para diminuir os índices de violência estão sendo tomadas. “Temos um plano de segurança e, além disso, um pacto pela paz, mas estamos intensificando as ações para buscar a sensação de segurança. É importante a participação do Poder Judiciário e do Ministério Público. Metade das prisões que foram efetuadas este ano são de reincidentes. Nós estamos prendendo, mas quando estas pessoas são soltas, elas voltam a cometer crimes”, disse.
O diretor do Iapen, Dirceu Augusto Silva, informou que o controle sobre os presos que cumprem regime aberto ou semiaberto será melhorado e novas estratégias também serão discutidas com a Vara de Execuções Penais.
