Dança de rua, capoeira, música e artesanato na Feira de Economia Criativa em Feijó

Os dançarinos do Free Step com idade entre 12 e 16 anos tomaram a rua para mostrar ao público a arte urbana (Foto: Assessoria FEM)

Os dançarinos do Free Step com idade entre 12 e 16 anos tomaram a rua para mostrar ao público a arte urbana (Foto: Assessoria FEM)

A Feira de Economia Criativa em  Feijó trouxe para o espaço da Praça dos Três Poderes:  hip hop, capoeira, música e artesanato indígena, além do trabalho do escultor Toinho Camocin.  A mostra aconteceu na noite de quinta-feira, 19. A ação faz parte da Caravana de Cultura e Humanização, projeto do governo do Estado, por meio da FEM e Diretoria de Humanização da Gestão.

A programação teve início com a apresentação do grupo de dança de rua, com free step – em tradução livre: “Passos Livres” é uma dança que consiste em deslizar sobre o chão fazendo movimentos com as pernas e com as mãos sob as batidas da música eletrônica.

Os dançarinos com idade entre 12 e 16 anos tomaram a rua para mostrar ao público a arte urbana com muito sincronismo e criatividade nas sequências. O projeto de dança é uma parceria do Projovem com a Escola Vicente Celso.

Com suas indumentárias, os jovens artistas shanenawa, Ninawa, Nawa, Mucane e Naintwa entoaram cantos na sua língua (Foto: Assessoria FEM)

Com suas indumentárias, os jovens artistas shanenawa, Ninawa, Nawa, Mucane e Naintwa entoaram cantos na sua língua (Foto: Assessoria FEM)

Em seguida, os jovens artistas do povo shanenawa: Ninawa, Nawa, Mucane e Naintwa, vestidos com suas indumentárias entoaram cantos na sua língua. Eles falam de amor e saudade.

“Mesmo morando perto da cidade preservamos nossa cultura. O que a gente fez aqui é a tradição de nossos avós. Somos jovens, mas respeitamos a nossa ancestralidade”, disse a jovem índia Mucane.

Depois dos indígenas, a programação apresentou a capoeira do Grupo Senzala. Cerca de 200 adolescentes e crianças, sob a batuta do mestre Babita embalaram  o maculelê interagindo com a plateia.

Produtos artesanais – A força do artesanato de cada cidade está sempre presente na Feira de Economia Criativa. Em Feijó artesãos indígenas dos povos shanenawa e huni kuin trouxeram seus produtos.

Franciberto Pereira Marroque,  o Buse,  huni kuin da aldeia Boca do Grota (Feijó) apresentou a arte que desenvolve  desde 2005. São peças artesanais feitas a partir do encauchado – técnica de impermeabilização de tecido com o uso do látex para a fabricação de uma série de produtos. O mostruário  é composto por porta- lápis, sacolas, tecidos, e outros acessórios.

“Essa é terceira vez que exponho desde que comecei esse trabalho. Pra nós indígenas é sempre bom participar de eventos que divulguem nossos produtos. Agradeço por terem me convidado”, disse.

Esculturas em madeira –  A arte do escultor Toinho Camocin foi uma das atrações da feira. Nascido no Seringal Califórnia, alto Rio Envira, o artista cria peças com madeira reaproveitável, no caso, o algodoeiro. São objetos de decoração com o conceito da floresta: jabutis, garças, jacarés, araras, peixes e outros.

“Quando vejo um algodoeiro no chão não deixo escapar, e  já imagino em que peças ele poderá se transformar. Quando acordo todos os dias já começo a trabalhar, além de ensinar o ofício a pessoas que se interessam. Já dei oficinas em várias cidades acreanas. Fico feliz quando sou convidado para expor”, comenta.

“A feira por cada cidade onde passa é uma vitrine dos produtos artísticos-culturais do nosso Acre, com sua rica diversidade. Um espaço para divulgar e comercializar esses produtos. Feijó fez bonito”, disse  a presidente da Fundação de Cultura Elias, Francis Mary Alves, que  participou do evento recitando suas poesias.

O que é a Caravana de Cultura e Humanização?

É um projeto do governo do Estado, por meio da Fundação de Cultura Elias Mansour e Diretoria de Humanização. Agrega as oficinas: teatro, cinema, educação patrimonial, humanização da gestão pública e qualidade de vida, e a Feira de Economia Criativa.

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